segunda-feira, 30 de novembro de 2009

SUIÇOS DIZEM NÃO AOS MINARETES

Os suíços aprovaram a proibição da construção de minaretes nas mesquitas. Mais de 57% dos eleitores votaram sim no referendo que, este domingo, lhes perguntava se eram a favor do fim da construção das torres. A consulta popular foi uma iniciativa do partido ultraconservador UDC, alegando que as torres das mesquitas são um “símbolo da intolerância islâmica”. Oskar Freysinger, deputado UDC, explica que a medida não pretende interferir com a liberdade de culto. “Mas o minarete é um símbolo acessório que deve ficar na esfera privada, para não haver uma interferência entre os dogmas e o direito”, defende.

Opinião contrária da maior parte dos partidos helvéticos, como os Liberais-Radicais. Olivier Français, deputado do PLR, explica: “Espero que haja serenidade amanhã e nos próximos dias porque haverá muitas emoções nas diferentes comunidades, tanto ao nível nacional como internacional. Mas a nossa Constituição Federal confere a todos a liberdade religiosa e há que respeitá-la.” A Suíça conta com 400 mil muçulmanos. A proibição de minaretes é vista como um rude golpe na liberdade de culto. “É um resultado que temos de digerir durante algum tempo. Mas vamos digeri-lo tal como o fizemos com outras coisas e vamos sobreviver”, sublinha uma mulher muçulmana.


Os muçulmanos são a terceira comunidade religiosa no país, a seguir aos católicos e aos protestantes. Das 180 mesquitas na Suíça, apenas quatro têm minaretes.


O governo e o parlamento tinham criticado a iniciativa, afirmando ser contrária à Constituição, que reconhece a liberdade religiosa e a tolerância. Os Verdes já disseram que vão apresentar um recurso no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, em Estrasburgo, contra o resultado do referendo.


Fonte
:
Euronews/Notícias Cristãs


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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

STF: JUDEUS NÃO TERÃO MAIS DATA ALTERNATIVA PARA FAZER O ENEM

RIO - Estudantes judeus inscritos no Enem 2009 não ganharão mais uma data alternativa ao Shabat, sagrado para eles, para fazer a prova. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, suspendeu nesta segunda-feira a decisão que obrigava o MEC a fixar um novo dia de aplicação do exame que não coincidisse com o sábado, preservado pelos judeus ao descanso religioso, para 22 alunos do Colégio Iavne, em São Paulo. O Enem está marcado para os próximos dias 5 e 6 de dezembro.

O ministro Gilmar Mendes destacou em sua decisão que o MEC oferecia a opção de “atendimento a necessidades especiais” na inscrição para o Enem. Esta opção tinha a finalidade de garantir a possibilidade de participação no exame de pessoas com limitações por motivos religiosos e indivíduos que se encontram presos ou hospitalizados. No caso dos adventistas do Sétimo Dia que solicitaram o atendimento especial, a prova do Enem marcada para o sábado será realizada após o pôr-do-sol. “Tal providência (início da prova após o pôr-do-sol) revela-se aplicável não apenas aos adventistas do sétimo dia, mas também àqueles que professam a fé judaica e respeitam a tradição do Shabat. Em uma análise preliminar, parece-me medida razoável, apta a propiciar uma melhor ‘acomodação’ dos interesses em conflito”, concluiu Gilmar Mendes.

O ministro sublinhou ainda em sua decisão a existência de outras confissões religiosas com “dias de guarda” distintos daquele dos judeus. Para o presidente do STF, “a fixação da data alternativa apenas para um determinado grupo religioso configuraria, em mero juízo de delibação, violação ao princípio da isonomia e ao dever de neutralidade do Estado diante do fenômeno religioso”.

Na opinião de Gilmar Mendes, “se os demais grupos religiosos existentes em nosso país também fizessem valer as suas pretensões, tornar-se-ia inviável a realização de qualquer concurso, prova ou avaliação de âmbito nacional, ante a variedade de pretensões, que conduziriam à formulação de um sem-número de tipos de prova”.

Fonte: Globo/Notícias Cristãs

terça-feira, 24 de novembro de 2009

DEFININDO “TEOLOGIA”. POETICAMENTE...

Teologia é um jeito de falar sobre o corpo.

O corpo dos sacrificados.

São os corpos que pronunciam o nome sagrado:

Deus...

A teologia é um poema do corpo,

o corpo orando,

o corpo dizendo as suas esperanças,

falando sobre o seu medo de morrer,

sua ânsia de imortalidade,

apontando para utopias,

espadas transformadas em arados,

lanças fundidas em podadeiras...

Por meio dessa fala

os corpos se dão as mãos,

se fundem num abraço de amor,

e se sustentam para resistir e para caminhar[1].

Nota:

[1] ALVES, Rubem. Variações sobre a vida e a morte. São Paulo: Loyola, 2005, p. 12 e 13.

VATICANO QUER EVANGELIZAR UFOS

O interesse do Vaticano pela ufologia e a vida extraterrestre começou a chamar a atenção a partir do dia 18 janeiro de 1997, quando a revista oficial da Conferência dos Bispos da Itália publicou uma entrevista com o padre Piero Coda, um dos mais importantes teólogos do Vaticano. Na entrevista, padre Coda afirmou que “criados por Deus e tendo suas falhas, eles (os extraterrestres) precisam de redenção através das palavras salvadoras de Jesus Cristo”. Respondendo as perguntas do repórter da revista, padre Coda afirmou que se existirem seres inteligentes e livres em outros lugares do Universo, a solidariedade religiosa exigirá que a eles também seja oferecido o caminho da salvação.

E que: “Pode até haver algum enriquecimento, exatamente como aconteceu no passado, quando a cultura européia entrou em contato com mundos que tinham sido absolutamente desconhecidos até então”. Meses antes da entrevista do padre Coda, outros teólogos do Vaticano tinham declarado ao respeitado jornal “Corriere Della Serra” que os extraterrestres também devem ser considerados “filhos de Deus”. Em outubro do ano passado, ao divulgar a mais recente edição do Dicionário do Vaticano, a Santa Sé admitiu ter incluído a expressão “objeto voador não identificado” que, no dicionário, é chamada, em latim, de “res inexplicata volans” - “coisa voadora inexplicada”.

Ainda em outubro do ano passado, em sua edição do dia 14, o influente jornal inglês “The Sunday Times” informou que o Vaticano começará a construir um dos maiores observatórios astronômicos do planeta, no deserto do Arizona, Estados Unidos. Vai ser um dos mais bem equipados observatórios conhecidos e contribuirá na busca de outros planetas com condições de sustentar a vida. Terá dois possantes telescópios, capazes de identificar gases e poeira cósmica em torno de estrelas e sistemas planetários com condições propícias para o aparecimento e evolução da vida, ao menos, dentro dos parâmetros conhecidos.

DIGITAIS - “Procurem as digitais de Deus”, disse o Papa João Paulo II, aos 20 padres-astrônomos que estarão trabalhando no projeto e a toda a equipe que o está desenvolvendo. Aparentemente complementando as declarações do Papa, o diretor do observatório, frei George Coyne, comentou no dia seguinte que “acreditamos que a Igreja tem de se juntar a esse esforço científico, a graça trazida pela encarnação de Cristo estende-se a todos os campos da atividade humana”. “Mas o projeto do novo observatório traz consigo alguns riscos teológicos” e um dos maiores deles seria a descoberta de formas de vida extraterrestres, principalmente se dotadas de inteligência.

A Igreja enfrentaria a delicada questão de definir se a crucificação de Jesus, a que a crença católica atribui um sentido de redenção dos pecados de toda a humanidade, redimiu também seres de outros planetas. Uma maneira de contornar o problema seria converter os extraterrestres - uma idéia que já é considerada pelos astrônomos do papa, como foi feito com outras civilizações ao longo de toda a história humana.

Fonte: AE/Notícias Cristãs

sábado, 21 de novembro de 2009

QUAL A ORIGEM DA ARQUITETURA GÓTICA?


Por Jones Mendonça


O termo “gótico” foi usado pela primeira vez pelo pintor, arquiteto e historiador italiano Giorgio Vasari (1574-74) para descrever toda a arte entre a queda do império romano e o início da Renascença. O estilo contrastava com a perfeita harmonia da arquitetura clássica e por isso foi associado aos povos bárbaros, mais especificamente aos godos, daí o nome. Mas segundo Henry Lyon, essa ligação, baseada “na ignorância, não durou muito tempo, mas o nome, embora absurdo, sobreviveu[1].

Massaud Moisés afirma que o estilo gótico esteve “em moda na Europa ocidental entre os séculos XII e XIV, caracterizado sobretudo pela utilização de arcos em ogiva que simbolizavam, graças ao acentuado movimento vertical, a ascensão mística do homem medieval”[2]. O efeito causado pela luz que atravessa os vitrais, os arcos, a geometria da construção com seus ângulos acentuados, tudo isso visava criar um estado de deleite estético naquele que contemplasse a construção.

Como a difusão do estilo gótico coincidiu com o retorno dos cavaleiros templários da Terra Santa, em 1128, logo surgiram especulações ligando essa ordem de cavaleiros cristãos ao novo estilo. Alguns chegaram a sugerir que as chaves para essa nova forma de construção foram encontradas sob Monte do Templo em Jerusalém. Segundo Tim Wallace-Murphy, “essa idéia foi proposta na falta de evidências de qualquer alternativa viável, e sempre houve reservas a esse respeito”[3]. A origem islâmica, mais plausível, tem sido sustentada por estudiosos como Willian Anderson e Jean Bonney.

O estilo encontra muitos exemplos na França, Inglaterra, Alemanha e na Boêmia. Uma das mais belas construções góticas do mundo é a catedral de Chartres, na França.

No Brasil não há autênticas edificações góticas, mas o neogótico, popularizado a partir do governo de D. Pedro II. São exemplos do neogótico a catedral de Petrópolis, a Igreja do Santuário do Caraça, em Minas Gerais e a Catedral da Sé, em São Paulo.

Notas:

[1] LYON, R. Henry (org.). Dicionário da Idade Média. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997, p.169.

[2] MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 2004, p.212.

[3] WALLACE-MURPHY, Tim. O código secreto das catedrais: decodificando os símbolos ocultos da igreja e da arte renascentista. Tradução de Aleph Teruya Eichemberg e Newton Roberval Eichemberg. São Paulo: Pensamento, 2007, p. 112.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

MAIS UM CAPÍTULO DA NOVELA ISRAEL-PALESTINA

Transcrevo abaixo trecho de um artigo publicado no Blog do editor da BBC Brasil:

“Nesta semana, o governo israelense provocou um dos maiores constrangimentos já feitos a um ocupante da Casa Branca pelo tradicional aliado. Depois de vários pedidos públicos do governo americano para que nenhuma nova moradia fosse construída em áreas ocupadas, autoridades israelenses decidiram aprovar o projeto para 900 novas residências no assentamento de Gilo, nas redondezas de Jerusalém, em local tomado por Israel na Guerra dos Seis Dias. O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que a decisão deixou os Estados Unidos consternados e "dificulta" os esforços pela paz. O próprio Obama disse mais tarde que a medida era perigosa para a região e ruim para a segurança de Israel”.

Assim fica difícil...

Fonte: BBC Brasil

NIETZSCHE TENTA O SUICÍDIO

Por Jones Mendonça

Nietzsche era um homem sensível. A paixão por Lou Salomé o consumia até as entranhas. Sua maior dor foi saber que após lhe negar à mão em casamento, Lou se decidiu por seu grande amigo Reé. Diante disso Nietzsche pensou: "Lou e Ré estão contra mim [...] Eles se amam e me enganam".

Numa carta escreveu:

"Adeus querida Lou, não a verei mais [...] realize melhor com outros aquilo que comigo não tem reparação".

Nietzsche, um homem tão castigado pela dor, parece ter recebido o golpe final. Três cálices de cloral (um sedativo) foram ingeridos em busca da morte. Mas não seria uma mulher a responsável pelo fim de sua vida. Antes de expirar precisava escrever sua obra-prima: "Assim falou Zaratustra". O livro foi escrito em trinta dias...

Fonte:
HALÉVY, Daniel. Nietzsche, uma biografia, 1989, pp. 221-224.

Imagem:
Capa do livro "Apresentando Nietzsche" (Ed. Relume Dumará).

AS SETE ESPÉCIES DE FARISEUS SEGUNDO OS PRÓPRIOS FARISEUS

Por Jones Mendonça

Muita gente relaciona o termo “fariseu” com hipócrita. Ao lado dos saduceus, escribas e anciãos, são os fariseus os que ficaram com a pior fama. É curioso como até mesmo entre eles surgiram categorias visando distinguir entre bons e maus religiosos. Quatro textos do Talmude nos oferecem a visão de algumas dessas categorias:

Os "de costa larga": escrevem suas ações nas costas para se fazerem honrar pelos homens.

Os "vagarosos": pretextam um preceito urgente a cumprir para retardar o salário dos operários.

Os "calculadores" que assim refletem: já que tenho em meu ativo muitos méritos, tenho com que pagar algum pecado.

Os "ecônomos": Que pequena coisa vou executar para au­mentar meus méritos?

Os "escrupulosos" que perguntam a si mesmos: Que peca­do oculto cometi para compensá-lo com uma boa ação?

Os "fariseus do temor" que agem como Jó.

Os "fariseus do amor" que agem como Abraão: esses são os verdadeiros.

Fonte:

SAULNIER, Christiane; ROLLAND, Bernard. A Palestina no tempo de Jesus. Tradução de José Raimundo Vidigal. São Paulo : Paulus, 1983, p.80. (Cadernos Bíblicos; 27).

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

QUAL O SIGNIFICADO DA TRIQUETA (OU TRIQUETRA)?

Por Jones Mendonça
A triqueta (às vezes, triquetra) é um símbolo tripartido composto por três vésicas pisces[1] entrelaçadas, marcando a intersecção de três círculos. É comumente utilizada como um símbolo da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) pela Igreja cristã céltica. Ela também pode aparecer representada por três peixes entrelaçados.

O símbolo da triqueta antecede cristianismo e foi provavelmente um símbolo Celta antigo. Símbolos tríplices eram comum nos mitos e lendas celtas. Essa é uma das possíveis razões para a fácil aceitação de crenças cristãs pelo povo celta. A triqueta tornou-se um símbolo cristão bem adequado, já que incorpora um outro popular símbolo cristão, o peixe, tornando-se uma perfeita representação do conceito da trindade cristã. Às vezes é representado dentro de um círculo para enfatizar o aspecto da unidade.

Alguns escritores evangélicos e teóricos da conspiração afirmam que a triqueta é um símbolo satânico, alegando que ser uma forma estilizada do número 666, uma alusão ao número da besta no livro do Apocalipse. Isso, no entanto, é um anacronismo, já que a triquetra de peixes entrelaçados é um símbolo cristão que remonta aos primeiros séculos. O significado satânico supostamente atribuído ao símbolo é uma criação de evangélicos fundamentalistas modernos.

Nota:
[1] A vesica piscis é o nome de uma bolsa de ar que os peixes têm internamente e que auxilia na flutuação. As catedrais góticas utilizavam esse desenho geométrico em abundância na sua arquitetura. O símbolo é muito antigo, representando em muitos casos uma genitália ou um ventre, vindo por isso a ser associado à fertilidade. É também um símbolo representativo da manifestação do universo.

Fontes:
LAWLOR, Robert. Geometria sagrada. Tradução de Maria José García Ripoll. Madrid: Del Prado, 1996.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

GOVERNO PRETENDE LIBERAR CÓPIA DE MÚSICAS E DE LIVROS

BRASÍLIA – Guardada a sete chaves, a nova lei de Direitos Autorais, redigida pelo Ministério da Cultura, vai autorizar, pelo menos, duas práticas usuais dos jovens brasileiros. Pretende permitir, por exemplo, que os interessados em realizar fotocópias de um livro o façam da publicação completa e não apenas de pequenos trechos, como é hoje. Também vai criar uma forma legal de autorizar a cópia de músicas para aparelhos de MP3, o que hoje é ilegal e considerado pirataria.


Em entrevista ao iG, o diretor de Direitos Intelectuais do Ministério da Cultura, Marcos Alves, antecipou que o texto vai buscar o equilíbrio entre a proteção aos titulares das obras e o direito do cidadão de ter acesso à cultura. “Temos uma lei muito restritiva hoje e precisamos mudar isso”, afirma. “Um universitário que quer copiar um livro acaba incorrendo em crime se xeroca a publicação inteira”, avalia. Pela proposta, será permitida a cópia de livros e a livre utilização, desde que essa cópia seja para fins educacionais, não para a utilização econômica.


“O mesmo vale para alguém que comprar um CD de algum artista e o copia para MP3. Mesmo se a pessoas pagou pelo produto, se copiar a música na íntegra é pirata”, completa. Em ambos os casos, a solução apontada pelo Ministério da Cultura é semelhante. A idéia é fazer um fundo de reserva de recursos alimentado com taxação dos produtos. Ou seja, um percentual pago à copiadora iria para um fundo destinado a reembolsar os autores e as editoras.


O mesmo argumento serve para quem abastece os aparelhos de MP3. “Esses aparelhos servem principalmente para quem baixa músicas. Então podemos pensar em cobrar uma taxa em cada venda que serviria para os direitos autorais dos artistas e gravadoras”, afirma. De acordo com ele, as duas medidas necessitam de regulamentação específica, mas não devem onerar a venda dos produtos de forma significativa.


Para a Maria Cristina Barbato, da Ordem dos Músicos do Brasil (OMB), a proposta é positiva. “É fato que o músico não pode mais perder como ocorre hoje cada vez mais”, afirma. A OMB representa, apenas no estado de São Paulo, 50 mil músicos. “Hoje não há controle algum e cada um faz o que quer.”


A nova lei de Direitos Autorais está sendo elaborada desde 2007 e, nas próximas semanas, deve entrar em consulta pública antes de ser encaminhado ao Congresso. Havia a expectativa de que o texto fosse apresentado durante o 3º Congresso de Direito de Autor e Interesse Público, que ocorreu esta semana em São Paulo. Mas o governo manteve o suspense. “Estamos com os pontos centrais já bem costurados e devemos divulgá-lo em breve”, garante Alves.


No encontro, apenas um item ficou claro a todos. O Estado quer voltar a interferir no processo e vai criar o Instituto Brasileiro de Direito Autoral, espécie de agência reguladora que teria o poder de fiscalizar, por exemplo, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), que distribuiu, em 2008, R$ 270 milhões em direitos autorais.


Fonte: ultimosegundo.ig.com

VATICANO DISCUTE VIDA ALIENÍGENA

SÃO PAULO – Desde sexta-feira, a cidade do Vaticano é sede da Semana de Estudos de Astrobiologia, um evento organizado pela Pontifícia Academia das Ciências.


No catálogo de apresentação do evento há um questionamento: se planetas são tão comuns em estrelas na Via Láctea, não poderia a vida ser também?

A programação foi organizada em oito módulos: A Origem da Vida (como as moléculas se organizaram para que a vida começasse); Habitabilidade Através do Tempo (como a Terra manteve a vida ao longo de sua história geológica); Ambiente e Genomas (como a vida e o ambiente interagiram no tempo geológico); Detectando Vida em Outros Lugares (perspectivas e técnicas para encontrar vida em ambientes fora do Sistema Solar). Estratégias de Busca para Planetas Exosolares (explica as técnicas usadas para encontrar planetas ao redor de outras estrelas e determinar suas propriedades); Formação de Planetas Exosolares (como os planetas se formam como parte do processo de formação das estrelas); Propriedades dos Planetas Exosolares (modelos de computador, dados astronômicos e alguma especulação sobre as propriedades desses planetas); e Inteligência em Outros Locais e Vida Sombria (existência de formas de vida inteligente e também baseadas em uma bioquímica diferente da terrestre).A existência de vida fora da Terra é um assunto delicado para a Igreja Católica, uma vez que levanta muitas dúvidas a respeito de como as explicações bíblicas se encaixariam para outros mundos.

No passado, a Igreja já condenou à morte aqueles que afirmaram a existência de vida fora da Terra. Caso do italiano Giordano Bruno, acusado de heresia e queimado na fogueira em 1600.

Agora, assim como deixou de negar a teoria da evolução de Charles Darwin (o Papa João Paulo II afirmou que a evolução é “mais do que uma hipótese” e este ano a Igreja realizou uma conferência em homenagem aos 150 anos do lançamento de “A Origem das Espécies”) e as idéias de Galileu, o Vaticano já admite a existência de formas de vida fora do nosso planeta. Da mesma maneira que fez com as outras teorias científicas, a Igreja afirma que as explicações não contradizem a Bíblia.

No ano passado, por exemplo, o jornal oficial do Vaticano trazia um artigo com o título “Aliens São Irmãos”, que dizia que buscar formas de vida extraterrestres não contradiz a crença em Deus.

A conferência teve início na sexta-feira e acaba hoje.

Fonte: Info/Notícias Cristãs

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

QUEM TORNOU O CRISTIANISMO RELIGIÃO OFICIAL, CONSTANTINO OU TEODÓSIO?

Por Jones Mendonça

Na verdade foi Teodósio I. Esse imperador, no ano de 380, determinou por meio de um decreto que todos os seus súditos se tornassem cristãos ortodoxos.
“Queremos que todos os povos situados sob a doce autoridade de nossa clemência vivam na fé que o santo apostolo Pedro transmitiu aos romanos, que se pregou até hoje como a prego o mesmo e que seguem como todos sabem o pontífice Damaso e o bispo Pedro de Alexandria. Decretamos que só tem direito de dizerem-se cristãos católicos os que se submetam a esta lei e que todos os demais são loucos e insensatos sobre os quais pesará a vergonha e a heresia. Serão objeto da vingança divina, para serem logo castigados por nós, segundo a decisão que nos inspirou o céu”[1].
Mais tarde, outras medidas foram tomadas.

"Em 392, o imperador romano Teodósio I proibiu mais uma vez todos os sacrifícios e cultos pagãos, fossem públicos ou privados, sob pena de confiscar os locais ou terrenos em que eram realizados. Os templos foram abandonados. Muitos foram demolidos, outros foram transformados em igrejas cristãs"[2].

Notas:
[1] Fiz uma tradução livre do espanhol. Código Teodosiano XVI 1 2 apud COMBY, Jean. Para leer la historia de la iglesia - De los orígenes al siglo XV. Estella: Verbo Divino, 1993, p.79.
[2] FO, Jacopo; TOMAT, Sergio; MALUCELLI, Laura. O Livro Negro do Cristianismo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2007, p. 44.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

IGREJA LUTERANA SUECA ORDENA PRIMEIRA EPISCOPISA LÉSBICA

A Igreja Sueca se tornou mais aberta para as minorias sexuais em anos recentes, mas ainda há resistências.


ESTOCOLMO - A Igreja Luterana Sueca informa ter ordenado seu primeiro bispo abertamente gay, apenas duas semanas depois de ter dado a seu clero o direito de formar casais homossexuais. Eva Brunne foi ordenada episcopisa da diocese de Estocolmo em uma cerimônia realizada domingo. Ela vive em “parceria registrada” com outra mulher. A “parceria” é um tipo de união civil entre gays suecos usada antes da legalização do casamento homossexual, o que ocorreu neste ano. O casal tem um filho.


“É muito positivo que nossa Igreja dê o exemplo aqui e me escolha para o episcopado com base em minhas qualificações, quando se sabe que pode haver resistência em alguns setores”, disse ela, em entrevista.


A porta-voz da episcopisa,
Annika Sjoqvist Platzer, disse desconhecer se outras lésbicas assumidas já haviam atingido o episcopado em igrejas de outros países.


No entanto, a Igreja Unida de Cristo, uma denominação baseada nos Estados Unidos, tem diversos gays e lésbicas no posto de “ministro da conferência”, uma designação semelhante à de bispo, disse o porta-voz J. Bennett Guess.
Eva, que foi eleita episcopisa de Estocolmo em maio, mas só recebeu a ordenação oficial neste domingo, disse não ter encontrado muita resistência dentro da Igreja por conta de sua orientação sexual.


A Igreja Sueca se tornou mais aberta para as minorias sexuais em anos recentes, embora alguns sacerdotes ainda apresentem resistência. O ex-arcebispo
Gunnar Weman protestou contra a ordenação, dizendo que ela é “incompatível com a sagrada escritura da Igreja”.


A Igreja da Suécia tem cerca de
7 milhões de membros, mas poucos assistem aos cultos, em um país amplamente secularizado.


Imagem: Eva Brunne recebe o comando da diocese de Estocolmo do arcebispo da Suécia, Anders Wejryd


Fonte: AP/Notícias Cristãs

ANGLICANOS DECIDEM INTEGRAR IGREJA CATÓLICA

Londres, 09 nov (RV) - Um grupo de paróquias da Comunhão Anglicana Tradicional (CAT) votou a favor de integrar-se à Igreja Católica. É a primeira resposta concreta à iniciativa do Vaticano. No último dia 20 de outubro a Santa Sé anunciou a criação de ordinariatos pessoais para acolher grupos de fiéis anglicanos que quisessem entrar em comunhão com a Igreja Católica. Nesta segunda-feira foi publicada, de fato a Constituição Apostólica de Bento XVI intitulada Anglicanorum Coetibus. O documento prevê uma estrutura canônica com instituições de ordinariatos pessoais que permitirão aos fiéis anglicanos entrar na Igreja Católica, mantendo os elementos específicos do seu patrimônio espiritual e litúrgico.


Os
sacerdotescasados poderão tornar-se sacerdotes católicos, enquanto os bispos não deverão ser casados. O entendimento foi conseguido de comum acordo com a Comunhão Anglicana e trata-se de um desenvolvimento do caminho ecumênico que a Igreja Católica está decididamente intencionada a prosseguir na estrada traçada pelo Concilio Vaticano II.


Em artigo publicado no L’Osservatore Romano, o Reitor da Gregoriana, Padre
Gianfranco Ghirlanda nota que é instituída uma estrutura canônica flexível e - acrescenta - que como o Espírito Santo guiou o trabalho preparatório da Constituição Apostólica também assistirá na sua aplicação. (SP)

Fonte: Rádio vaticano

AVISO AOS NAVEGANTES

Estou em fase de conclusão de minha monografia, por isso as postagens não tem sido frequentes. Espero voltar ao ritmo normal em meados de dezembro deste ano.

Encerro minhas palavras com uma belíssima tela de Salvador Dali. Um Cristo crucificado, mas sem pregos! Fico sem palavras...


Salvador Dali (1904-1989), Cristo de São João da Cruz,

1951, Óleo s/ Tela, 204.8 x 115.9cm,

St Mungo Museum Of Religious Life and Art, Glasgow

domingo, 1 de novembro de 2009

A POSSESSÃO DA MENTE - LIVRO

Assim o psiquiatra Willian Sargant inicia o seu livro "A possessão da mente": "Fui criado em uma numerosa família metodista da classe média...". O metodismo deixou marcas profundas no autor. Logo no início da obra, Wesley, fundador do metodismo, passa pelo crivo do olhar cético do psiquiatra inglês. Sargant parece um tanto quanto racionalista demais em relação aos fenômenos religiosos, mas suas observações a respeito dos casos de possessão não podem ser ignoradas.

Com uma linguagem simples, ele explica os resultados de experimentos ligados ao comportamento humano e conta suas aventuras pelo mundo enquanto observava e fotografava cultos dos mais diversos tipos. 

A primeira parte do livro o autor aborda temas como comportamento condicionado, técnicas para o aumento da sugestionabilidade, estados de possessão psicológica, possessão mística, possessão e sexo e finalmente sobre o uso de drogas em rituais de possessão.

A segunda parte, a mais interessante (e arrepiante), é composta por relatos de suas experiências ao lado de sua esposa com os mais diversos cultos, desde reuniões avivalistas nos Estados Unidos até os terreiros de candomblé na Bahia. Veja abaixo uma lista completa:

1. Experiências na África;
2. Tribos do Sudão;
3. Exorcizando espíritos;
4. Experiências na Zâmbia;
5. Possessão Zar;
6. Exorcizando demônios;
7. Nigéria e Daomé;
8. Macumba no Brasil;
9. Experiências em Trinidad;
10. Experiências na Jamaica e em Barbados;
11. Vodu no haiti;
12. Revivals nos Estados Unidos.

Como se vê, o cara rodou o mundo em busca de fenômenos de possessão. Um dos relatos mais curiosos de Sargant ocorreu em uma igreja revivalista na Carolina do Norte, quando visitou um culto onde serpentes venenosas eram manipuladas pelos fiéis. Sons de tambores, gente gritando, serpentes passando de mão em mão, enfim, o psiquiatra confessa:
"temi ser envolvido repentinamente pelo ritmo e entusiasmo, terminando por entrar em estado de transe e êxtase". Ele continua: "Minha esposa observou-me que eu parecia estar tão hipnotizado e em transe quanto os manuseadores de cobras que eu fotografava"[1]. 
Se você já caiu após ser atingido por um peletó "ungido", não se abata, até os céticos acabam sendo sugestionados pelo ambiente. Aliás, Sargant faz uma advertência aos mais céticos: quanto maior a resistência, maior a intensidade da "possessão".

Vá de retro!

Nota:
[1] SARGANT, Willian. A possessão da mente: uma fisiologia da possessão, do misticismo e da cura pela fé. Rio de Janeiro: Imago, 1973, pp. 228, 229.