quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

APONTAMENTOS SOBRE O TARGUM DE ISAÍAS 53

Lendo “Hermenêutica bíblica”, de Severino Croatto, deparei-me com uma curiosa citação do Targum (versão aramaica do texto hebraico) de Is 53,10. Compare abaixo o targum com o texto hebraico e veja como na versão aramaica o servo sofredor é identificado com Israel:
Is 53,14 (hebraico)- Contudo foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer, e, embora o Senhor faça da vida dele uma oferta pela culpa, ele verá sua prole e prolongará seus dias, e a vontade do Senhor prosperará em sua mão.
Is 53,14 (aramaico) - Agradou a Javé refinar e purificar o resto do seu povo (grifo nosso) a fim de limpar suas almas dos pecados: verão o reino do seu Messias; multiplicar-se-ão seus filhos e filhas, prolongar-se-ão seus dias; e os que cumprem a Lei de Javé prosperarão segundo seu beneplácito.
Seria uma tentativa do meturgeman [tradutor] de combater a interpretação cristã, que começou a ver nesse texto uma profecia messiânica? Bem, essa é uma discussão para outro post. Minha atenção se voltou para um problema pessoal. Eu precisava de mais informações sobre esse Targum, mas há poucos livros falando sobre o assunto. Fuçando na internet encontrei um excelente artigo, escrito por Jintae Kim (Targum Isaiah 53 and the New Testament Concept of Atonement). Segue trecho do artigo, pg 83 (A tradução é do Numinosum, e os destaques também):
O Targum de Isaías é geralmente considerado parte do Targum de Jônatas ben Uziel, que viveu no século I a.C., mas sua a datação não pode ser determinada com precisão, pois o Talmud atribui algumas partes dele a Joseph ben Chija (c. 300 d.C.). O texto atual é provavelmente o resultado de um processo editorial. É principalmente pelo trabalho de Chilton que as duas camadas do processo editorial do Targum Isaías foram identificadas.
Chilton comparou a exegese incorporada no Targum de Isaías com o texto hebraico evidenciado na LXX, nos apócrifos e pseudepígrafos, nos pergaminhos de Qumran, no Novo Testamento e na literatura rabínica, e concluiu que as tradições targúmicas foram incorporadas dentro de um quadro exegético, uma versão de Isaías, em aramaico, composto por um meturgeman [tradutor] que floresceu entre 70 e 135 d.C. Esse trabalho, de acordo com Chilton, foi completado por outro meturgeman, associado a José ben Chija.
Para ler o artigo completo, clique aqui.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

EMPRESA RUSSA PROCURA SODOMA E GOMORRA NO FUNDO DO MAR MORTO

Segue trecho de uma notícia veiculada pelo Arutz Sheva, 14/12/10 (a tradução é do Numinosum):
Rússia e Jordânia assinaram um acordo para procurar no fundo do Mar Morto os restos das cidades bíblicas de Sodoma e Gomorra [...]. Segundo o relatório, uma empresa russa aceitou a realização da pesquisa em cooperação com autoridades jordanianas, pegando todos os custos [...] em troca de direitos exclusivos para filmar um documentário sobre as pesquisas. 
Os trabalhos começam no final deste mês.

Leia mais aqui.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

APÓCRIFO DO ENOQUE ESLAVO GANHA NOVA TRADUÇÃO PARA O INGLÊS

O Max-Plank-Institut für Wissenschaftsegschichte  disponibilizou uma nova tradução (para o inglês) do segundo livro de Enoque, também conhecido como Enoque eslavo. A tradução foi feita pela Dra Florentina Badalanova Geller. O eslavo é o antigo idioma litúrgico da igreja ortodoxa eslava. De acordo com o trabalho da Dra Florentina  (tradução do Numinosum):
A análise linguística do texto de 2 Enoque [...] indica que o texto primitivo [vorlage] pode ter sido escrito com alfabeto glagolítico, e só posteriormente convertido em cirílico (GELLER, Florentina Badalanova, 2 [Slavonic Apocalypse of] Enoch: Text and Context, pg. 8).
O trabalho de tradução (com valiosos comentários) pode ser lido aqui.

Leia mais sobre os apócrifos de Enoque aqui e aqui

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

NUMINOSUM EM RITMO DE FÉRIAS

Caros leitores, preciso urgentemente manter meus olhos longe dos livros (e da tela do micro) por algum tempo. Ando muito cansado mentalmente, por isso as postagens do mês de dezembro não serão tão freqüentes. Minhas crianças e minha esposa agradecem.

Desde que criei o Numinosum em maio de 2009 fiz várias modificações no layout e até mesmo no conteúdo das postagens, visando tornar o Blog mais dinâmico, claro e informativo. Como consulto o Google Analytics todos os dias, sei que o Numinosum possui alguns leitores assíduos. Gostaria de conhecê-los e ouvir suas críticas, sugestões e qualquer outra coisa que torne este espaço virtual mais frutífero. Para embelezar o post, uma imagem captada pelo telescópio espacial Hubble em 14 dez 2010.

Carpe diem,

Jones Mendonça

Grande Nuvem de Magalhães, formada pela explosão de 
umasupernova que ocorreu há quatro séculos. Foto: NASA.
 

AS ORIGENS DA BÍBLIA [LIVRO]

MILLER, John. As origens da Bíblia. São Paulo: Loyola, 2004, 218 p.

Até o século IV a relação dos livros considerados canônicos pela igreja cristã não havia sido definida com clareza. Todo o processo de formação do cânon foi difícil e complexo, ao contrário do que defendem muitos livros cristãos, que apresentam informações simplistas visando defender o cânon aceito por seus respectivos segmentos religiosos.

Encontrei em “As origens da Bíblia” de John Miller, um ótimo referencial de apoio ao estudo do tema. Segue um trecho do livro:
“Por uma grande variedade de razões, o lugar normativo da Bíblia em nossas igrejas e em nossa cultura sofreu erosão e já não pode ser tido por certo. A consciência intuitiva disso entre teólogos, estudiosos bíblicos e pastores fez surgir uma multiplicidade de pesquisas e publicações tendo por foco a Bíblia como cânon. Muitos agora questionam: o que é na verdade a Bíblia?  Como ela adveio? Que papel se pretendia que desempenhasse no mundo de hoje? Nos capítulos a seguir, busco dar uma contribuição a esse importante campo de estudo ao demonstrar de que maneira veio a Bíblia cristã a ser composta em meio a duas épocas de crise e de reforma: a primeira, que se estende do século V ao século II a.C., quando as Escrituras hebraicas dos judeus foram reunidas; a segunda, que abarca os século I e II d.C., quando essas mesmas Escrituras foram defendidas, suplementadas e renascidas como a Bíblia da Igreja. Em consequência ocupam aqui o papel principal das Escrituras hebraicas da Bíblia cristã: quando, por que e como foram reunidas, qual era sua mensagem no início e porque mais tarde se converteram em parte integrante das escrituras cristãs.”
O autor é professor emérito da faculdade menonita Conrad Grebel, da Universidade de Waterloo, Canadá. 

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

RABINO DIZ QUE RACISMO SE ORIGINOU NA TORÁ

Judeus ultra-ortodoxos de Safed (cidade ao norte do Mar da Galiléia),  conseguiram convencer 39 rabinos que exercem função pública de rabino chefe em todo o país a assinaram uma carta proibindo a venda ou aluguel de casas aos não judeus (uma cópia da carta pode ser vista aqui).

Segue um trecho da carta:
"Seu modo de vida [referindo-se aos árabes] é diferente daquele dos judeus [...] Dentre eles [os gentios] existem aqueles que são amargos, que alimentam ódio em relação a nós e que se intrometem em nossas vidas a ponto de representarem um perigo."
O que mais em deixa indignado (na verdade o que sinto é muito mais que indignação) é a justificativa dada pelo rabino Yosef Scheinen, rabino chefe da cidade de Ashdod:
“O racismo se originou na Torá [...] A terra de Israel foi designada para o povo de Israel.  É isto que o Santo Bendito Seja planejou e é assim que Rashi [exegeta judeu]  interpretou."
Publicado no Haaretz, 07-12-10, por Chaim Levinson.
Felizmente várias vozes lúcidas vindas de outros rabinos se levantaram contra a referida carta:
“Eu não vou assinar [...] O que aconteceria se houvesse um apelo semelhante em Berlim contra o aluguel de imóveis para os judeus? Onde está a consciência pública? Quais as conseqüências disso para os judeus ao redor do mundo? Temos de agir com responsabilidade.”
Aaron Leib Steinman, presidente da Hatorah Degel Conselho dos Sábios.
"Podemos apenas imaginar qual seria a reação se ele [referindo-se a Shmuel Eliyahu, rabino de Tzfat]  ouvisse falar de um caso fora de Israel, onde as autoridades proibiram o aluguel de casas aos judeus."
Rabi Yehuda Gilad 
Publicado no Haaretz, 08-12-10, por Yair Ettinger 
Encerro esse post com as palavras de outro judeu, digno de ser chamado de profeta:
“Israel como um ‘Estado judeu’ constitui um perigo não só para si e os seus habitantes, mas para todos os judeus e todos os outros povos e Estados do Oriente Médio mais além. Considero também que os outros Estados do Médio Oriente que se definem como ‘muçulmanos’ constituem um perigo. Todavia, enquanto este perigo é discutido amplamente, o perigo inerente ao caráter judaico do Estado de Israel não é discutido por ninguém”. 
Israel Shahak,  intelectual judeu, sobrevivente de um campo de concentração nazista.
 Pv 15,2  Leshon    hakamiym    tetiyv    da‘at    ufiy    kessiyliym    yabiy‘a,    ’iuelet

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

ESTUDO EXPLICA POR QUE RELIGIOSOS SÃO MAIS FELIZES

A American Sociological Review, edição de dezembro de 2010, apresentou um estudo que conclui que os religiosos são mais felizes porque vivem em comunidade e não por sua devoção religiosa. Segue trecho do estudo (a tradução é do Numinosum):
Nossos resultados sugerem que as pessoas religiosas são mais satisfeitas com suas vidas porque frequentam regularmente serviços religiosos e constroem redes sociais em suas congregações. [...] Encontramos poucas evidências de que outros aspectos subjetivos ou privados de religiosidade afetam a satisfação da vida sem a presença da amizade congregacional.
Quer ler o resumo completo no site da American Sociological Review? Clique aqui.

Tem uma opinião diferente sobre a felicidade das pessoas religiosas? Poste um comentário. 

DAVI, JESUS E O VALE DE CEDROM (KEDRON)

O Vale de Cedrom é citado em dez textos do Antigo Testamento (Sm, Rs, Cr e Jr) e uma vez no Novo Testamento (Jo 18,1). O vale fica entre o Monte das Oliveiras e a cidade de Jerusalém. De acordo com o evangelho de João, Jesus atravessou este vale e seguiu para o monte das Oliveiras depois de ter sido traído por Judas:
Jo 18,1-2  Tendo terminado de orar, Jesus saiu com os seus discípulos e atravessou o vale do Cedrom. Do outro lado havia um olival, onde entrou com eles. Ora, Judas, que o traía, também conhecia aquele lugar, porque muitas vezes Jesus se reunira ali com os discípulos.
Este texto possui um paralelo interessante com um episódio do Antigo Testamento. Davi também atravessou o vale de Cedrom e seguiu para o Monte das Oliveiras após ter sido traído por Aitofel.
2Sm 15,23.30.31  Toda a terra chorava em alta voz, enquanto todo o povo passava; e o rei atravessou o ribeiro de Cedron [...] subindo pela encosta do monte das Oliveiras, ia chorando; tinha a cabeça coberta, e caminhava com os pés descalços [...] Então disseram a Davi: Aitofel está entre os que conspiraram com Absalão.”
Atualmente existe um cemitério que vai desde o Vale de Cedrom ao cume do Monte das Oliveiras, como você pode ver na imagem abaixo.



O cemitério é muito disputado, pois de acordo com uma tradição baseada numa passagem do profeta Zacarias, o Messias começará a redimir os mortos a partir do Monte das Oliveiras (Zc 14). 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

CARMELO EM CHAMAS (FOTO)


Achei esta linda (porém trágica) foto das montanhas do Carmelo em chamas. A cidade litorânea que você vê é Haifa e o mar é o Mediterrâneo. O incêndio revelou ruínas de vilas palestinas destruídas no final da década de 40. Leia aqui


AP Photo / Friedlander Dana, Aerofotogrametria Ofek
(Clique para ampliar - resolução 990x635)


domingo, 5 de dezembro de 2010

INCÊNDIO NO CARMELO ESTÁ CONTROLADO

O incêndio que se espalhou pelo Monte Carmelo em Israel está praticamente controlado. Segundo o primeiro Livro de Reis foi neste monte que Elias desafiou os 450 profetas de Baal.
1Rs 18,19  Agora convoque todo o povo de Israel para encontrar-se comigo no monte Carmelo. E traga os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas de Aserá, que comem à mesa de Jezabel.
Abaixo uma foto do incêndio tirada da Estação Espacial Internacional (o grande lago que você vê à direita é o Mar da Galiléia). Depois que me cadastrei no newsletter do Earth Observatory tenho recebido imagens incríveis. Quer se cadastrar? Clique aqui

Foto: Earth Observatory (NASA)

PARALELISMOS ENTRE JESUS E JOÃO BATISTA NA TRADIÇÃO LUCANA



Quem lê o evangelho de Mateus com atenção percebe os inúmeros paralelos que o livro estabelece entre Moisés e Jesus: matança dos recém nascidos, fuga do/para o Egito, 40 anos/dias no deserto, etc.).

John Dominic Crossan, em seu livro “Jesus, uma biografia revolucionária”, destaca cinco notáveis paralelos existentes entre Jesus e João Batista descritos no evangelho de Lucas. Como numa peça teatral, ele divide o paralelismo em cinco atos:

1) Os anúncios angélicos:

  • Zacarias, pai de João, recebe a visita dos anjos para tratar a respeito do nascimento de João (Lc 1,5-25);
  • Maria recebe a visita dos anjos anunciando o nascimento de Jesus (Lc 1,26-38).

  • Zacarias questiona o anjo: “donde terei certeza disto, pois sou velho, e minha mulher é de idade avançada (1,18).
  • Maria questiona o anjo: “Como se fará isso, pois sou virgem” (1,34).

  • Gabriel diz de João: “ele será grande diante do Senhor” (1,15);
  • Gabriel diz de Jesus: “ele será grande e se chamará Filho do Altíssimo” (1,32).

De acordo com Crossan o objetivo de Lucas seria exaltar Jesus acima de João. O segundo nasceu de pais velhos e estéreis, o primeiro, de uma virgem!

2) O nascimento divulgado:

  • O nascimento de João é relatado primeiro, mas de modo mais sucinto, em Lc 1,57-58. Quando João nasce, em 1,58, somente “vizinhos e parentes” se congratulam com Isabel.
  • O nascimento de Jesus é relatado de modo mais minucioso, em 2,7-14. Quando Jesus nasce em 2,13, há “uma multidão da hoste celeste louvando a Deus”.

Há neste caso um claro contraste entre “vizinhos e parentes” celebrando o nascimento de João e “uma multidão da hoste celeste” no nascimento de Jesus.

3) A circuncisão e nomeação das crianças:

  • No oitavo dia o filho de Isabel é circuncidado e seu pai, Zacarias, escolhe o seu nome, João.
  • No oitavo dia o filho de Maria é circuncidado e recebe de um anjo o nome “Jesus”, que foi escolhido “antes de ser concebido no ventre”.

Note que o nome de João vem da terra (Zacarias) e o nome de Jesus vem dos céus (anjos).

4) A apresentação pública e a profecia do destino:

  • A apresentação pública de João ocorre na cada de seus pais e o seu nascimento foi divulgado num espaço geográfico delimitado: “todas as montanhas da Judéia” (1,65). Zacarias profetiza sobre o destino de João.
  • A apresentação pública de Jesus ocorre no templo e o relato do seu nascimento tem uma repercussão muito maior: “todos os que esperavam a redenção de Jerusalém” (2,38). Simeão e Ana profetizam sobre o futuro de Jesus.

Há mais uma vez claros contrastes entre as duas passagens. João é apresentado numa casa, Jesus no Templo. A repercussão do nascimento de João é limitada geograficamente (montanhas da Judéia), a de Jesus não possui fronteiras geográficas (todos os que esperavam a redenção de Jerusalém). Uma só pessoa profetiza sobre João (Zacarias) e duas profetizam sobre Jesus (Simeão e Ana).

5) A descrição do crescimento do menino:

  • João crescia e se fortalecia no espírito e habitava nos desertos.
  • Jesus “crescia em “sabedoria”, “em estatura” e “em graça, diante de Deus e dos homens”. Ao invés do deserto, como João, Jesus crescia surpreendendo os mestres no Templo.

Por fim temos dois novos pólos: o deserto, lugar de desolação, e o Templo, símbolo da presença de Deus. João e Jesus, dois profetas com destinos completamente diferentes. Na opinião de Crossan, Lucas quer enfatizar que “João é a condensação e a consumação do passado de seu povo, mas Jesus é muito maior, muito maior que João” (CROSSAN, Dominic. Jesus, uma biografia revolucionária, p. 27).

sábado, 4 de dezembro de 2010

PÁGINA MAIS VISITADA NO MÊS DE NOVEMBRO

A página do Numinosum mais visitada no mês de novembro foi “dicionário de símbolos on-line”, com 1.068 visitas.

Não conheço nenhum blogueiro que divulgue uma relação de posts menos lidos, mas como tenho esperança que alguém goste de algum, eis três deles:


Tábua rasa? (comportamento, filosofia)

Sementes que dormem (educação)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

RELATÓRIOS DAS NAÇÕES UNIDAS DENUNCIAM OPRESSÃO AOS PALESTINOS


As Nações Unidas mantêm um escritório oficial que, dentre outras funções, emite relatórios periódicos com dados de acontecimentos nos territórios palestinos. Trata-se do OCHA oPt. (Office for the Coordination of Humanitarian Affairs – occupied Palestinian territory).

Neste site é possível consultar o número de cidadãos palestinos mortos e feridos em confrontos com colonos ou soldados israelenses.  Ainda em seus relatórios, há o “Humanitarian Monitor”, que indica os acontecimentos do cotidiano da região, como cortes de energia, demolição de casas, destruição de plantações, entre outros atentados contra cidadãos palestinos. Abaixo trecho do relatório de outubro de 2010.

O Monitor Humanitário | outubro 2010 
Events in October highlighted a chronic feature of the crisis of human indignity affecting the population of the occupied Palestinian territory (oPt): the pervasive absence of the rule of law and lack of accountability. Palestinian-Israeli tensions in the West Bank remain elevated: Demonstrations and settler violence continue to result in high number of Palestinians injured; during the month, over 3,700 olive trees were burned, uprooted, killed with chemicals or otherwise vandalized. Israeli Military advocate General open investigation into Sammouni killings during the “Cast Lead” offensive.
Os eventos de outubro destacam uma característica crônica da crise da indignidade humana que afeta a população do território ocupado da Palestina (TPO): a ausência generalizada da regra da lei e da falta de responsabilidade. Tensões entre palestinos e israelenses na Cisjordânia permanecem elevados: Manifestações e violência dos colonos continuam dando origem a um elevado número de palestinos feridos; Durante o mês, mais de 3.700 oliveiras foram queimadas, desenraizadas, mortas com produtos químicos ou vandalizadas. Militares israelenses defendem investigações abertas gerais sobre as mortes [dos] Sammouni [nome de uma família da cidade de Zeitoun, Gaza]  durante a operação “Chumbo Fundido”.
O relatório completo pode ser lido aqui.

Links sobre o sofrimento do povo palestino podem ser obtidos no Blog O Filho da Pedra.