terça-feira, 5 de abril de 2011

PAUL TILLICH E NIETZSCHE

“Amor e poder são muitas vezes contrastados de uma tal forma que o amor é identificado com uma resignação de poder, e poder com uma negação de amor. Amor sem poder e poder sem amor são contrastados. Isto, claro, é inevitável se o amor é compreendido de seu lado emocional e poder de seu lado compulsório. Mas tal interpretação é engano e confusão. Foi esta interpretação errônea que induziu o filósofo do ‘querer-para-poder’ (i.é. Nietzsche) a rejeitar radicalmente a idéia cristã de amor. E é a mesma interpretação errônea que induz teólogos cristãos a rejeitarem a filosofia de Nietzsche do ‘querer-para-poder’ em nome da idéia cristã do amor[1]”.
[1] TILLICH, Paul. Amor, poder e justiça: análises ontológicas e aplicações éticas, 2004, p.26.

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