sábado, 27 de agosto de 2011

PINK FLOYD... POR DREAM THEATER...

Conversa de fim de culto e eis que o Luizinho me diz que possui um DVD do Dream Theater interpretando músicas do Pink Floyd. Para os mais fanáticos, uma heresia, mas o resultado ficou pra lá de bom. Fiz uma pesquisa no YouTube e encontrei a maioria das músicas presentes no DVD. Abaixo três delas: Brain Damage, Breathe e Time. 


terça-feira, 23 de agosto de 2011

JERUSALÉM EM IMAX 3D


Jerusalem | Filmed in Imax 3D from JerusalemGiantScreen on Vimeo.

Fiquei sem visitar o Blog do Aren Maeir por um bom tempo. Quando resolvo navegar por aquelas águas, eis que me deparo com este belo vídeo. A fortaleza de Massada é ou não uma das mais belas construções que você já viu?

UMA MURALHA, MUITAS CONTROVÉRSIAS

Hershel Shanks
No início de 2010 foi amplamente divulgado pela imprensa a descoberta de uma muralha em Jerusalém atribuída ao palácio do rei Davi (mas a descoberta é de 2005). A arqueóloga responsável pela descoberta é israelense Eilat Mazar, neta de Benjamin Mazar, outro famoso arqueólogo. Ambos são conhecidos por escavarem com uma pá numa mão e a Bíblia na outra. O método é muito criticado por arqueólogos como Israel Finkelstein. Para ele a muralha deve ser datada para um período mais recente, talvez o período  da dinastia de Omri, no século IX. A teoria de Mazar ganhou peso após a descoberta de uma cidade judaica no vale de Elah, a trinta quilômetros de Jerusalém por Yosef Garfinkel, da Universidade Hebraica. A cidade foi datada para século X, época do reinado de Davi. Não menos importante foi a descoberta de Thomas Levy, da Universidade da Califórnia. Ele encontrou uma mina de cobre em Khirbat en Nahas, na Jordânia e o sítio também foi datado para o século X. Mas engana-se quem pensa que a questão está perto do fim. A datação desses dois sítios também tem sido questionada. 

Hershel Shanks, editor da Biblical Archaeology Review, escreveu sobre o assunto na Bar Magazine (set/out/2011). Se você é um daqueles que não acredita facilmente em machetes de jornais ou em Blogs evangélicos sensacionalistas, não deixe de dar uma lida. 

Leia aqui (em português traduzido pelo Google).
Leia aqui (em inglês). 


Jones F. Mendonça

sábado, 20 de agosto de 2011

ISRAEL BOMBARDEIA GAZA - 18-08-11

Um míssel disparado de Gaza cai em Israel. O artefato é caseiro, ninguém é ferido, mas é aquele estardalhaço. Mísseis de última geração lançados por Israel matam inocentes, destroem hospitais, residências, carros...  A repercussão é mínima. 

Vou repetir o que sempre insisto nas minhas postagens sobre o conflito entre palestinos e israelenses: não há santos nessa história (refiro-me à liderança dos dois lados), mas que Israel abusa do seu poder, ah, abusa!

Fotos do último ataque a Gaza aqui (há fotos de crianças mortas, por isso só clique caso se sinta preparado). 

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

YAM SUF: MAR VERMELHO OU LAGOS AMARGOS?

Li há alguns anos "Os milagres do Êxodo", escrito pelo cientista inglês Colin Humphreys. Dentre os vários temas abordados no livro, há uma discussão sobre o local onde teria sido realizada a travessia milagrosa (mar ou lago?). O autor defende que apesar do texto hebraico indicar o local da travessia como "yam suf" (em hebraico, mar ou lago dos juncos, um local indeterminado), há vários indícios que sugerem ser o Mar Vermelho o local correto (apesar de não nascerem juncos em água salgada). Seu primeiro argumento baseia-se no fato da Septuaginta (II/III séc a.C.) ter traduzido o termo hebraico por "thalasse" (mar) e o Novo Testamento por "eruthra thalasse" (Mar Vermelho). Em seguida ele tenta provar que havia uma fonte de água doce próximo ao golfo de Aqaba, o que permitiria o crescimento de juncos. O livro contém inclusive algumas fotos do suposto local onde cresciam os juncos. Por fim ele explica que o termo hebraico "yam suf" reaparece em 1Rs 9,26 como local utilizado por Salomão para construir seus navios. Ninguém em sã consciência, explica o autor, construiria navios em lagos. 

Quem segue a linha minimalista certamente achará o livro uma perda de tempo. Mas como por aqui navegam minimalistas e maximalistas,  indico um artigo escrito neste mês (08/2011) no The Bible and Interpretation por ninguém menos que Colin Humphreys, nosso empenhado cientista inglês. 

Leia o artigo aqui (traduzido pelo Google).
Leia o artigo aqui (em inglês). 


RONCANDO NO GELO

Adoro dormir. Há quem afirme ser esta atividade uma perda de tempo. Coisa de preguiçosos. Ignoro. Nas tardes de domingo deito-me numa rede que há em minha varanda ao lado da minha pequena Sofia. Como ainda não fui acometido por males como depressão, ansiedade, mal humor crônico e tampouco insônia, durmo como um bebê. 

Caso você tenha problemas com o sono e precise de um incentivo, dê uma olhada numa série de fotos publicadas pelo Big Picture.  A exposição apresenta pessoas flagradas dormindo nos mais inusitados lugares. Veja aqui

Mulher dormindo numa praça pública em Montreal

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

JULIO II, UM PAPA BARRADO NO CÉU

Portarretrato de Julio II, 1512,
Raffaello Sanzio
Em fins de 1510 Lutero fez uma visita à Roma e ficou espantado com o que viu. Os romanos não eram nada piedosos. Indulgências eram vendidas sem nenhum pudor. Objetos milagrosos oferecidos aos visitantes como souvenires. Enquanto andava pelas ruas da cidade eis que alguém anuncia a passagem do sumo pontífice. É Julio II, o papa guerreiro. Sobre um cavalo e vestindo uma armadura ele passa imponente.

A cena acima foi retratada no filme Lutero. Mas quem é este Papa que traz por baixo da batina as cicatrizes da guerra?

Juliano della Rovere, Julio II, foi um Papa de grandes realizações. Numa mão tinha as chaves de São Pedro, noutra a espada de São Paulo. Na época do seu pontificado a autoridade papal se encontrava abalada pelo cisma de Avignon, por isso não mediu esforços para obter dinheiro visando aumentar seu poder. Vendeu indulgências, praticou a simonia (venda de cargos eclesiásticos), contratou artistas do calibre de Michelangelo e Rafael para decorar a nova Basílica de São Pedro e liderou um exército contra os feudos rebeldes de Perugia e Bolonha. Os cardeais ficaram chocados com o espírito guerreiro do Papa Terribile.

Uma figura que não deixou passar em branco os excessos de Julio foi Erasmo de Roterdã. Influenciado pela ironia ácida de escritores latinos como Luciano de Samosata, que ele traduzira para o alemão com tanto prazer, Erasmo escreveu uma sátira chamada Iulius exclusus, na qual empregou todo o seu sarcasmo para debochar da arrogância papal. Na sátira, Julio encontra-se às portas do paraíso discutindo com São Pedro, que impede sua passagem:

Julio: Basta. Sou Julio o ligurino, P.M...
Pedro: P.M.! Que é isso? Pestis maxima?
J: Pontifex Maximus, “seu” velhaco.
P: Se você é três vezes Maximus... não poderá entrar aqui se não for também Optimus.
J: Impertinência! Você, que não foi mais que um Sanctus em todas as eras – e eu Sanctissimus, Sanctissimus Dominus, a própria Santidade, com bulas para prová-lo.
P: Não há diferença entre ser santo e ser chamado santo?... Deixe-me olhar um pouco mais de perto. Hum! Sinais de impiedade em abundância... Batina de padre, mas armadura ensanguentada por baixo; olhos ferozes, boca insolente, testa impenetrável, corpo cheio de cicatrizes de pecados, hálito carregado de vinho, saúde esgotada pela libertinagem. Ai, me ameace quanto quiser, vou dizer-lhe quem é..., É Julio, o Imperador que voltou do inferno...”[1].

Ao guerreiro, colérico e impetuoso Julio II sucedeu o pacífico e indulgente Leão X, o Papa que excomungou Lutero. Erasmo queria uma reforma moral. Lutero uma reforma doutrinária. Confesso que estou mais para Erasmo. Identifico-me com seu humanismo, com sua tolerância,  com seu repúdio às especulações teológicas sem sentido.  Mas, enfim, deu no que deu...

Nota:
[1] DURANT, Will. A Reforma, p. 235.

sábado, 13 de agosto de 2011

ISRAEL RUMO À TEOCRACIA

A Carta Maior (08-08-11) traduziu uma matéria publicada no Al Jazeera alertando para os rumos que tem tomado o parlamento israelense. De acordo com a matéria, tramita no Knesset (parlamento israelense) um projeto de lei que propõe "tornar as regras democráticas subservientes à definição do Estado como 'lar nacional do povo judeu'". 

Leia aqui o texto do Al Jazeera, com tradução de Katarina Peixoto. 

O link da Carta Maior que leva à matéria do Al Jazeera está incorreto. Caso queira ler a matéria no jornal árabe, clique aqui

PROTESTOS EM ISRAEL

Foto: Haaretz
Enquanto em Londres o povo invade lojas em busca de artigos de luxo, em Israel os protestos são motivados pela crise na habitação. Desde o início dosa protestos, há cerca de um mês, uma multidão de pessoas tomou as ruas de Eilat, Rosh Pina, Nahariya, Dimona, Modi'in, Petah Tikva, Ramat Hascharon, Hasharon Hod, Netanya e Beit Shean. Agora é a vez de Tel Aviv. 

Uma matéria publicada no Haaretz (13-08-11), você lê aqui (já traduzido pelo Goolge). 

DISTÚRBIOS EM LONDRES: "MOTIM DE CONSUMIDORES EXCLUÍDOS", DIZ ZYGMUNT BAUMAN

Foto: The Big Picture
O sociólogo polonês Zygmund Bauman concedeu uma entrevista ao GLOBO (12-08-11) afirmando que as revoltas na Inglaterra  foram motivadas pelo desejo de consumir e não por um anseio de mudanças sociais. Eis um trecho da entrevista: 

O GLOBO: O quão irônico foi para o senhor ver os distúrbios se concentrando na pilhagem de roupas e artigos eletrônicos?

ZYGMUNT BAUMAN: Esses distúrbios eram uma explosão pronta para acontecer a qualquer momento. É como um campo minado: sabemos que alguns dos explosivos cumprirão sua natureza, só não se sabe como e quando. Num campo minado social, porém, a explosão se propaga, ainda mais com os avanços nas tecnologias de comunicação. Tais explosões são uma combinação de desigualdade social e consumismo. Não estamos falando de uma revolta de gente miserável ou faminta ou de minorias étnicas e religiosas reprimidas. Foi um motim de consumidores excluídos e frustrados.

O GLOBO:Mas qual a mensagem que poderia ser comunicada?

BAUMAN: Estamos falando de pessoas humilhadas por aquilo que, na opinião delas, é um desfile de riquezas às quais não têm acesso. Todos nós fomos coagidos e seduzidos para ver o consumo como uma receita para uma boa vida e a principal solução para os problemas. O problema é que a receita está além do alcance de boa parte da população.


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

ESTÁ NA PALAVRA!

Num bem humorado artigo publicado na The Bible and Interpretaion, Philip Davies (muitas vezes rotulado de minimalista), professor emérito da Universidade de Sheffield, Inglaterra, fala sobre a difícil tarefa de tradução da Bíblia hebraica para outros idiomas. Um pequeno trecho do artigo:
Muitos outros termos ainda precisam ser substituídos. A "arca" da aliança era uma caixa. “Justiça” (tsedeq) pode significar “inocência", “integridade” ou "honestidade". Um “pacto” é um tratado. “Salvação” muitas vezes significa não mais que “segurança” [safety=segurança física] ou "segurança" [security=segurança patrimonial].
Não é raro, vez por outra, ouvirem-se os ecos de uma pregação fundamentalista anunciada a plenos pulmões: “está na Palavra!!!!”. Mal sabe esse ingênuo cristão que algumas vezes a tal palavra pode significar tantas e tantas coisas...

O artigo já traduzido pelo Google aqui. Em inglês aqui

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

QUAL A ORIGEM E O SIGNIFICADO DA ESTRELA DE DAVI (MAGEN DAVID) QUE APARECE NA BANDEIRA DE ISRAEL?

Estrela de Davi na bandeira de Israel
Circula no youtube um vídeo que afirma que a Estrela de Davi, símbolo que aparece na bandeira de Israel, foi uma imposição de uma seita secreta chamada illuminati aos judeus por ocasião da formação do Estado de Israel em 1948.  O símbolo, diz ainda o vídeo, teria origem pagã e não judaica.

É verdade que o símbolo não é originalmente judaico (aliás, a cruz também não é um símbolo originalmente cristão), mas a versão que afirma ser o hexagrama uma imposição de uma suposta seita chamada illuminati não passa de um delírio sem fundamento.

Hexagrama em colar assírio (centro)
Abaixo uma explicação sobre a origem do símbolo num livro especializado em cultura e religião judaica:
A estrela de Davi, de seis pontas, ou selo de Salomão, também chamada de “Magen Davi”, tornou-se um símbolo dos judeus no fim da Idade Média (grifo nosso). Em tempos anteriores, ela figurava também em símbolos cristãos e islâmicos. Foi, mais tarde, adotada pelo movimento sionista e na bandeira de Israel [1].
Ronald Eisenberg diz que o símbolo remonta a uma época ainda mais antiga. Ele afirma que a Estrela de Davi já era
um símbolo popular na Europa e no Oriente Médio desde os tempos antigos por causa de sua simetria geométrica. O primeiro uso conhecido do hexagrama judaico foi encontrado em um selo de cerca do século VI a.C. Na sinagoga de Cafarnaum, em Israel (segundo ou terceiro século d.C.), o hexagrama aparece como decoração em um friso de pedra, que também possui um pentagrama (estrela de cinco pontas) e uma suástica [2].
Os dois deltas no nome de Davi
Uma investigação mais atenta confirma que o hexagrama não é um símbolo originalmente judaico. Ele aparece em gravuras budistas e até mesmo em relevos assírios[3] feitos algumas dezenas de séculos antes de Cristo. Ao que parece, o movimento sionista resgatou esse emblema antigo e lhe deu novo significado. Seja como for, em dado momento os judeus viram no símbolo uma ótima representação para a nação judaica.

Sinagoga, séc. III
Muitas tentativas foram feitas para explicar o emprego da estrela da Davi pelos judeus, que em hebraico transliterado aparece como “magen David” (lê-se maguén David), literalmente “escudo de Davi”. Segundo Elza Galdino há uma tradição judaica [em minha opinião, pouco crível] que diz que os soldados do rei Davi tinham em seus escudos a estrela de seis pontas[4]. Outra tradição, continua Elza Galdino, diz que os dois triângulos seriam formados pelo entrelaçamento de duas letras gregas “delta” (Δ), equivalente à letra hebraica “dalet” (ד), que aparece no começo e no fim da grafia hebraica do nome desse rei. Esta última explicação faz sentido, desde que o símbolo seja admitido que uma assimilação cultural e não uma criação judaica. É possível que algum judeu tenha notado que o hexagrama lembra dois deltas entrelaçados e acabou achando que seria um bom emblema para a nação judaica. Acho esta uma explicação aceitável, ainda assim carece de provas.

Sobre o primeiro uso do hexagrama como símbolo dos judeus, recorro a Grace Cohen:
O principal símbolo que representa o povo judeu hoje é a estrela de seis pontas. Embora geralmente referido como Magen David (escudo de David), não há nenhuma referência bíblica ou talmúdica para esta associação. Amplamente utilizado como um motivo geométrico ou amuleto em outras culturas, a estrela de seis pontas foi oficialmente usada como um símbolo judaico em Praga, em 1354, quando o imperador Carlos IV concedeu o privilégio aos judeus de exibirem a sua própria bandeira em ocasiões especiais[5].
Quanto ao fato de ter sido originalmente um símbolo pagão, é preciso lembrar que assim como o significado de uma palavra é o seu uso na linguagem[6], o significado de um símbolo é o seu uso cultural, religioso. O símbolo é uma forma aberta a possibilidades significantes. Enfim, eles não possuem significado ontológico.  

Referências bibliográficas:
[1] FINE, Doreen. O que sabemos sobre o judaísmo, p.11.
[2] Fiz uma tradução livre. No original: “A popular symbol in Europe and the Middle East since ancient days because of its geometric symmetry, the earliest known jewish use of the hexagram was on a seal from about the sixth century B.C.E. In the synagogue of Capernaum in Israel (second or third century C.E.), the hexagram appears as a decorative design on a stone frieze, which also features the pentagram (five-pointed star) and the swastika (another ancient symbol). During the Middle Ages, hexagrams appeared frequently on seals and in churches but rarely in sinagogues or on jewish ritual objects. Indeed, from antiguity until after the renaissance, the menorah rather than hexagram was the primary symbol of judaism”. EISENBERG, Ronald L. The JPS guide the jewish traditions. Philadelphia: The Jewish Publication Society, 2004, p.575.
[4] GALDINO, Elza. Estado sem Deus, o obrigação da laicidade na Constituição, p.36.
[5] Fiz uma tradução livre. No original: “The primary symbol representing the Jewish people today is the six-pointed star. Though generally referred to as the magen David (shield of David), there is no biblical or talmudic reference for this association. Widely used as a geometric and often amuletic motif in many cultures, the six-pointed star was first officially used as a Jewish  symbol in Prague in 1354, when Emperor Charles IV granted the jews privilege of their own flag  displaying  on state occasions”. GROSSMAN, Grace Cohen. Jewish art, 1995, p. 64.
[6]  Wittgenstein, Investigações filosóficas, § 43.


Jones F. Mendonça

BIBLE HISTORY DAILY [NOVO SITE]

A Sociedade de Arqueologia Bíblica está anunciando um novo site: Bible History Daily . Recebi hoje uma senha de acesso para me logar ao site e uma revista gratuita em PDF: "Ten top biblical Archaeology Discoveries" (148 páginas, em inglês). Os temas que mais me chamaram a atenção foram estes:
1. A Biblioteca de Nag Hammad: Códices de Nag Hammadi lançam uma nova luz sobre a história cristã primitiva;
2. O templo de Ayn Dara: o paralelo mais próximo ao templo de Solomão;
3. A Estela de Tel Dan; 
4. O Senhor e sua Asherah: Será que o Yahweh tinha um consorte?

5.  A piscina de Siloé: o local onde Jesus curou um homem cego.
Dos cinco temas acima destaque para o segundo tópico "O templo de Ayn Dara". Venho lendo há algum tempo sobre esta magnífica construção síria que carrega semelhanças notáveis com o templo de Salomão. A próbria Bíblia afirma que Salomão importou artesãos fenícios para a confecção do templo em Jerusalém. A matéria é ilustrada. Se você não quer ter o trabalho de se cadastrar no site e esperar até ser atendido, poste um comentário ou me mande um e-mail que eu lhe envio a revista. 

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A EUROPA COMO VOCÊ NUNCA VIU

Consegui esta foto do continente europeu visto do alto aqui . O Rio de Janeiro e São Paulo podem ser vistos aqui  e aqui . Há muita coisa para explorar no site. As imagens são de encher os olhos. Aproveite. 

sábado, 6 de agosto de 2011

PARA QUEM GOSTA DE ARTE

Vincent van Gogh. Lane of Poplars at
 sunset, 1884. 


Pablo Picasso

Charles Burchfield

Tim Burton 

Frederick Cayley Robinson 

Rembrandt

Monet

Van Gogh

CORINTO NO MAPA

Como estou preparando uma aula sobre a primeira epístola aos Coríntios, senti a necessidade de mostrar num único mapa a vasta região do império romano com destaque para a cidade de Corinto. Com a ajuda de alguns sites e programas, acabei confeccionando o meu próprio mapa. Corinto era uma metrópole da Antiga Grécia, localizada num estreito istmo entre o Mar Egeu e o Mar Asiático. Atenas era sua vizinha, isso talvez explique a existência dos céticos "sábios" (gr. sofous) tão criticados por Paulo nos quatro primeiros capítulos da carta. A comunidade cristã que lá existia foi fundada por volta dos anos 50, considerando que Lucas (At 18) cita Gálio, irmão do filósofo Sêneca, como procônsul em Corinto. Talvez o mapa seja útil para mais alguém, por isso o estou postando abaixo:

Clique para ampliar (1199 x 897)

terça-feira, 2 de agosto de 2011

ALAN POE: HISTÓRIAS EXTRAORDINÁRIAS

Estou cá mexendo nos meus livros e acabo me deparando com "Alan Poe: histórias extraordinárias". É uma edição de 78. A capa é preta com gravura prateada. Na contracapa aparece um cemitério. O livro tem a assinatura do meu irmão mais velho: agosto de 84. Acho que foi um presente da minha tia Lúcia. Eu era um adolescente. Uma das histórias que mais gosto é "A queda da casa de Usher". Segue um trecho:
Durante um dia inteiro de outono, escuro, sombrio, silencioso, em as que nuvens pairavam, baixas e opressivas, nos céus, passava eu, a cavalo, sozinho, por uma região singularmente monótona - e, quando, as sombras da noite se estendiam, finalmente me encontrei diante da melancólica casa de Usher. 
O vem a seguir é uma descrição tão detalhada da mansão que é possível vê-la, senti-la, diante de nós. Um livro para se ler de novo, e de novo, e de novo.

SEU PEDROSA, DONA ZICA, O CÂNCER E O EXÚ

Albrecht Dürer - A descida do Espírito
Santo (1511), British Museum
Seu Pedrosa padece de um câncer. Ele está definhando. Sente dores terríveis. Mas o médico insiste: “é doença é da tua cabeça, não há o que fazer”. O paciente pensa: “se é psicológico, por que dói, porque meu corpo incha, por que a morte me convida à cova?”. O quadro do Seu Pedrosa se agrava, mesmo não tendo doença alguma.

Dona Zica freqüenta um terreiro de Umbanda. O cheiro, a luz tênue, os atabaques rufando, o canto das curimbas, e eis que de repente esta senhora de cinquenta e tantos anos incorpora um Exú. O cenário é surreal. Quem está ali, Dona Zica ou Exú?

Carl Jung sempre foi acusado de ser um pseudocientista. Talvez por ter insistido em dizer que o “irreal”, o “psicológico” é real. Se existe efeito a coisa existe, seja qual for o nome que se dê a ela.

Mas ao dizer que coisas “imaginárias” existem, ele levantou dois problemas: 1) demônios, deuses, anjos, fadas, duendes e elefantes voadores passariam a, digamos, “existir”. 2) Seria preciso admitir que nosso inconsciente é autônomo, que ele é capaz de nos pregar peças e de nos induzir a fazer coisas que não queremos. Perturbador!

Seu Pedrosa cansou de ouvir o médico dizer que o seu câncer é psicológico. Ele acabou morrendo. Seu corpo expirou por causa de uma doença que simplesmente nunca existiu.

Dona Zica deixou de ir aos terreiros. No momento está frequentando uma igreja evangélica carismática. Não incorpora mais o Exu. Agora é o Espírito Santo. 

A pergunta que fica é: somos mesmo seres autônomos?


Jones F. Mendonça

BIBLIOGRAFIA SOBRE LITERATURA APÓCRIFA

Tenho reunido há algum tempo livros sobre a literatura apócrifa. Este é um tema que me interessa, porém, o tempo nunca sobra para que eu me dedique com mais afinco. Tudo o que encontrei está listado abaixo. Assim que puder comento cada uma das obras. Agora preciso correr para a aula de hebraico.

Em português:
ZILLES, Urbano. Os Evangelhos apócrifos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.

PROENÇA, Eduardo de (org.). Apócrifos e pseudo-epígrafos da Bíblia. São Paulo: Fonte Editorial, 2005.

Em espanhol:
OTERO, Aurelio de Santos. Los Evangelios apocrifos. Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, 2005.

MARTÍNEZ, F. García; PÉREZ, G. Aranda. Literatura judía intertestamentaria. Estella: Editorial Verbo Divino, 1996.

MACHO, Alejandro Diez. Apócrifos del Antiguo Testamento, Tomo I. Madrid: Ediciones Cristantad, 1984.

MACHO, Alejandro Diez. Apócrifos del Antiguo Testamento, Tomo II. Madrid: Ediciones Cristantad, 1983.

MACHO, Alejandro Diez. Apócrifos del Antiguo Testamento, Tomo III. Madrid: Ediciones Cristantad, 1982.

MACHO, Alejandro Diez. Apócrifos del Antiguo Testamento, Tomo IV. Madrid: Ediciones Cristantad, 1984.

VIELHAUER, Philipp. Introducción al Nuevo Testamento, los apócrifos y los padres apostólicos. Salamanca: Ediciones Sígueme, 1991.