quarta-feira, 30 de maio de 2012

MESTRES DA ILUSÃO: ESCHER, DALI, GONSALVES E OUTROS

Hoje o Numinosum completa três anos de vida. Nada melhor do que comemorar com arte. Recomendo aos leitores uma expiada na obra "Masters of Deception: Escher, Dali & the artists of optical illusion", parcialmente disponível no Google Books. Um conselho: vá até a página 18 e se deslumbre com as telas de Rob Gonsalves. A influência de René Magritte, M. C. Escher e Chis van Allsburg é nítida. Au revoir!



domingo, 27 de maio de 2012

O FUNÂMBULO E O FIO DA VIDA


Eis que vejo um funâmbulo. Diante dele uma corda estendida sobre o abismo sem fim. Ao alto o céu azul. Embaixo trevas profundas. O funâmbulo hesita. Seus joelhos se dobram. Seu coração retumba. Seus poros exalam suor.

Inesperadamente o funâmbulo reage. Enquanto respira bem fundo seu corpo se ergue. Seus passos, ainda hesitantes, seguem em direção ao vale sombrio. O céu, o abismo, o fio da vida, a solidão, o vazio. O funâmbulo olha para o abismo. O abismo retribui. Com o olhar fixo no horizonte, ele vai...

Jones F. Mendonça

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A ARQUEOLOGIA E A HISTÓRIA DE ISRAEL

Nenhum país no mundo chama tanta atenção da mídia quando algo é desenterrado em seu território quanto Israel. A descoberta de um caco de cerâmica, uma estela ou até mesmo  um caroço de azeitona queimado ou um osso de porco podem abalar ou reforçar a fé de judeus e cristãos espalhados pelo mundo. 

Visando reunir num só lugar o máximo de informações possíveis sobre o assunto, acabei produzindo o texto abaixo, disponível para download pelo Scribd. Busquei ser o mais imparcial possível. Eis o texto: 
A ARQUEOLOGIA E A HISTÓRIA DE ISRAEL

quarta-feira, 23 de maio de 2012

SELO DE ARGILA COM O NOME DE BELÉM ENCONTRADO EM JERUSALÉM

Notícia veiculada hoje no Haaretz (23/05/12): 
Um pedaço de argila foi encontrado durante escavações arqueológicas na Cidade de David, em Jerusalém, com o nome da cidade de Belém escrito em hebraico antigo. O pedaço de argila remonta ao período do Primeiro Templo (1006 - 586 aC), tornando-se a primeira evidência tangível da existência da cidade de Belém em tempos antigos.
 Apesar da existência de Belém nunca ter sido questionada, a descoberta tem o seu valor.


Jones F. Mendonça

domingo, 20 de maio de 2012

PROLEGÔMENOS À HISTÓRIA DE ISRAEL, DE JULIUS WELLHAUSEN, NO PROJETO GUTTEMBERG

Muito citado em livros sobre teologia do Antigo Testamento, "Prolegômenos à História de Israel", escrito em 1883 por Julius Wellhausen, mudou profundamente a maneira como se lê o Antigo Testamento. Na obra, o professor de línguas orientais na Universidade de Marburg defendeu a tese de que  "a história de Moisés não é o ponto de partida para a história do Antigo Israel, mas para a história do judaísmo". 

Apresento aos leitores duas maneiras de consultar a obra:

1) Leia em inglês (obra completa) no Google Livros (exibida com permissão da Forgotten Books). Faça isso clicando aqui.
  
2) Leia em português no Projeto Guttemberg, em HTML, com tradução do Google. Faça isso  clicando aqui


Jones F. Mendonça

UMA IMAGEM, DUAS VERSÕES: COLONOS ARMADOS ATIRAM EM PALESTINOS

Foto: Haaretz
Colonos israelenses e palestinos entraram em confronto ontem (24/mai) numa área entre Yitzhar e a aldeia de al-Qibliya. Num vídeo enviado à imprensa colonos aparecem atirando (com fuzis!) em palestinos enquanto soldados do IDF ficam de braços cruzados. A notícia saiu no Haaretz e no J Post. Assista aos vídeos, leia as matérias e tire suas próprias conclusões:

Assista aqui (câmera 1) e aqui (câmera 2). 

Jones F. Mendonça

sábado, 19 de maio de 2012

A TEOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO NA WEB


Eis o que se pode achar (em espanhol, porque em português, quase nada há de bom) para download na WEB (esnips, 4shared, calaméo, scribd, etc.) sobre teologia do Antigo Testamento: 
BRUEGGEMANN, Walter. Teologia del Antiguo Testamento - um juicio a Yahvé. Salamanca: Ediciones Sígueme, 2007. 
DURNESS, William. Temas de la teologia del Antiguo Testamento. Miami, Fl.: Editorial Vida, 1989.
EICHRODT, Walter. Teologia del Antiguo Testamento II. Madrid: Ediciones Cristandad, 1975.
RAD, Gerhard Von. Estudios sobre el Antiguo Testamento. Salamanca: Sígueme, 1976.
RAD, Gerhard Von. Teologia del Antiguo Testamento, vol I. Salamanca: Sígueme, 1976.
RAD, Gerhard Von. Teologia del Antiguo Testamento, vol II. Salamanca: Sígueme, 1976.
VERKINDÈRE, Gerard. La justicia en el Antiguo Testamento. Estella: Editorial Verbo Divino, 2001.
DRANE, John. Introdución al Antiguo Testamento. Barcelona: Editorial Clie, 2004.
NOTH, Martin. El mundo del Antiguo Testamento. Madrid: Ediciones Cristandad, 1976.
SICRE, Jose Luis Sicre. Introducción al Antiguo Testamento. Estella: Editorial Verbo Divino, 2000.
VV, AA. Historia, narrativa, apocalíptica. Estella: Editorial Verbo Divino, 2000.
Jones F. Mendonça

ÓSTRACO DE QEIYAFA: A MAIS ANTIGA INSCRIÇÃO EM HEBRAICO?

Um dos argumentos utilizados por Garfinkel para sustentar que a fortaleza de Qeiyafa foi habitada por israelitas é uma inscrição num caco de cerâmica, datada para o século X, supostamente redigida em hebraico. Num artigo publicado na ASOR (14/05/12), Christopher Rollston apresenta seis razões para discordar desse posicionamento. 

Leia o artigo já traduzido pelo Google aqui
Em inglês, aqui

Para conhecer uma defesa de que a inscrição foi feita em hebraico (e que se refere a Saul!), clique aqui


Jones F. Mendonça

sexta-feira, 18 de maio de 2012

GOG E MAGOG COMO ANTÍTESE DA CRIAÇÃO EM EZEQUIEL 38-39

Com download gratuito para países com baixa renda per capita (como o Brasil), o livro: "The Disarmament of God: Ezekiel 38-39 in Its Mythic Context" pode ser baixado aqui (site da SBL, em inglês). Abaixo a descrição completa do livro: 
Fitzpatrick, Paul E., SM, The Disarmament of God: Ezekiel 38-39 in Its Mythic Context. Catholic Biblical Quarterly Monograph Series, 37. Washington, The Catholic Biblical Association of America, 2004.
O autor defende que os capítulos 38 e 39 do livro de Ezequiel contém um substrato mítico. Considerações sobre o significado de Gog e Magog na página 82. 

Jones F. Mendonça

quarta-feira, 16 de maio de 2012

TUM BALALAIKA, O MELHOR DO JUDAÍSMO ESTÁ AQUI

Uma antiga canção de amor em iídiche. Uma banda russa-israelense pra lá de pesada. O resultado: um som capaz de unir judeus e palestinos após um debate sobre os territórios ocupados (é brincadeira, claro!). Ah, só para explicar o título da música: Tum = ruído; balalaica = instrumento musical de cordas de origem russa. 


Ouça outra versão da música, mais melódica, aqui


Jones F. Mendonça

ISRAEL AOS OLHOS DO MUNDO

Uma pesquisa realizada pela BBC colocou Israel numa posição negativa próxima ao Irã e a Coreia do Norte. O amor ou ódio por Israel teve as seguintes motivações (conf. J Post 17/05/12):
As pessoas que viram Israel negativamente em todo o mundo citam a política externa do Estado judeu como o principal fator de influência em sua percepção, enquanto aqueles que vêem Israel positivamente citam a cultura e as tradições judaicas.
Achei bem interessantes as opiniões dos leitores do jornal (os mesmos que na semana passada aprovavam, numa enquete, a destruição da casa da família de palestinos condenados pela justiça). Não deixe de lê-las. Para alguns, não gostar da política de Israel é ser anti-semita. Pode?



Jones F. Mendonça

terça-feira, 15 de maio de 2012

NASCEU EM ISRAEL, TEM MÃE JUDIA, MAS LHE FOI NEGADA A CIDADANIA

Uzi Ornã nasceu em Israel e é filho de mãe judia. Após  retornar para Israel em 1948 declarou-se "sem religião". Agora ele quer ter sua cidadania israelense reconhecida, mas...
O Haifa District Court na terça-feira rejeitou um recurso apresentado pelo professor Uzi Ornã, que procurou forçar o Ministério do Interior de Israel a reconhecer sua cidadania baseada no fato de que ele nasceu em Israel, e não que é judeu.

Ornã, um lingüista e membro da Academia da Língua Hebraica, que também é o fundador da Liga contra a coerção religiosa em Israel, pediu ao Ministério do Interior em 2010 para reconhecê-lo como um israelense, não em razão de ser judeu, mas porque ele nasceu em Israel.
Continue lendo no Haaretz (15-05-12).  

Um pouco mais sobre a Lei do retorno aqui


Jones F. Mendonça

sexta-feira, 11 de maio de 2012

LEITOR MARTVIEW: UMA IDEIA PRA LÁ DE LEGAL [E É GRÁTIS!]

Fuçando na internet achei um programa chamado Martview. Trata-se de um leitor de livros/revistas com um design muito elegante capaz de reconhecer arquivos em PDF, GIF, JPG, PNG, ZIP, cbr, e cbz. Quando você instala e abre o programa, acredite, milhares de revistas escritas nos mais variados idiomas são colocadas à disposição para download. Eis alguns temas: animais, arquitetura, arte, fotografia, mangá, casa & jardim, música, ciência, viagens, etc.  


Para baixar as revistas é muito simples. Com o programa aberto leve o cursor para a parte superior da tela e vai aparecer uma guia com vários ícones, dentre eles "download E-books". Clique no ícone e um mundo de opões vai se abrir. Ah, você pode filtrar os livros/revistas por idioma. 

Você desejou isso? Clique aqui


Jones F. Mendonça

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O RENASCIMENTO DA HIPÓTESE DOCUMENTAL DE WELLHAUSEN NO THE BIBLE AND INTERPRETATION

O The Bible and Interpretation publicou um artigo intitulado: “The Re-emergence of source criticism: the neo-documentary hypothesis”, escrito por Joel S. Baden, professor assistente do Antigo Testamento na Yale Divinity School. Fala-se numa hipótese neo-documentária (David Wright). Na chamada para o artigo vem escrito:
A Hipótese Documental, praticamente abandonada como método de estudo para o Pentateuco nos últimos 40 anos, está passando por um ressurgimento significativo, embora de uma forma nova e com argumentos mais precisos. Mais uma vez ela se apresenta como uma teoria significativa para a formação do Pentateuco.
Comentam o artigo figuras como Niels Peter Lemche e Philip Davies.

O texto em inglês aqui.
Com tradução do Google aqui.
Uma sinopse do livro de Baden aqui

Jones F. Mendonça

terça-feira, 8 de maio de 2012

PRIMEIRAS EVIDÊNCIAS DE CULTO EM JUDÁ SÃO DESENTERRADAS [?]

Altar de cerâmica encontrado em
Queiyafa (foto: Universidade he-
braica de Jerusalém). 
Conforme divulgado aqui, Yosef Garfinkel anunciou hoje a descoberta de objetos desenterrados em Khirbet Qeiyafa, uma cidade fortificada datada para o século X, situada no vale de Elah, a 30 km de Jerusalém.  Discordando de críticos como o arqueólogo israelense Israel Finkelstein, Garfinkel sustenta que a fortificação foi habitada por israelitas. A ausência de ossos de porco, de imagens humanas ou de animais e a presença de construções típicas da realeza  seriam evidências de que o sítio foi ocupado por indivíduos que já praticavam o monoteísmo, viviam sob o governo de um rei e seguiam preceitos da lei mosaica. 

Será?

Leia  relatório completo no Israel Ministry of Foreign Affairs

A opinião do arqueólogo Aren Maeir (faz escavações na cidade filisteia de Gath) aqui

Considerações sobre a ausência de ossos de porco em escavações na Palestina aqui

Matéria sobre Qeiyafa publicada no Haaretz em maio do ano passado aqui

Leia algumas críticas ao comunicado de imprensa aqui

Jones F. Mendonça

segunda-feira, 7 de maio de 2012

PROFANAÇÕES, DE GIORGIO AGAMBEN [LIVRO]

Foi-me recomendado por e-mail pelo Cláudio, amigo que não vejo há alguns anos,  a obra "Profanações", do filósofo italiano Giorgio Agamben. Encontrei uma antiga entrevista concedida pelo filósofo a Gianluca Sacco, publicada no calvinismo.com: "Da teologia politica à teologia econômica". Repasso a sugestão do Cláudio aos leitores do Numinosum. 


Jones F. Mendonça

sexta-feira, 4 de maio de 2012

YOSEF GARFINKEL ANUNCIARÁ DESCOBERTA ARQUEOLÓGICA NO DIA 8

Fiquei sabendo pelo Paleojudaica que o arqueólogo Yosef Garfinkel (faz escavações em Kuttamuwa, no vale de Elah, veja aqui, aqui, aqui e aqui), anunciará no dia 08 de maio uma descoberta arqueológica que poderá dar contribuições para a história, para a arqueologia e para os estudos bíblicos. 

Como Garfinkel é maximalista, é de se esperar que as tais descobertas sejam apresentadas como prova para historicidade de algum evento narrado na Bíblia no contexto do século X a.C. (período davídico-salomônico).  Segundo Garfinkel foi no vale de Elah que Davi enfrentou o gigante Golias. Estou curioso...



Jones F. Mendonça

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O AUMENTO DOS MILITARES NO GOOGLE

A defasagem salarial dos militares deixou sua marca no site de busca mais famoso do planeta. Quando se digitam no Google as três letrinhas "a-u-m" é isto o que acontece:


Jones F. Mendonça

terça-feira, 1 de maio de 2012

TRADUZINDO LIVROS ESTRANGEIROS DO GOOGLE LIVROS

Uso frequentemente o Google livros em minhas pesquisas, mas a carência de obras com informações atualizadas em português é um problema que acaba limitando meu trabalho. Leio bem o espanhol, tenho me dedicado ao inglês nas horas vagas, mas quanto ao alemão e o francês sou completamente cego. Saber que o Google livros disponibiliza uma ampla variedade de obras em outros idiomas é uma experiência angustiante para mim. 

Ontem, inconformado, saí em busca de uma solução e descobri um site que promete transformar imagem em texto. Pensei com os meus botões se ele não seria capaz de converter a página de um livro disponível no Google livros (no formato imagem) em texto editável. Fiz uma experiência com o a seguinte obra: 


O trecho em francês (copiado como imagem com a tecla "print screen"): 


Com a imagem já salva no meu micro, abri o site "Free OCR", escolhi o idioma (francês) e carreguei a imagem salva clicando em "send file" (carregar arquivo). Pronto! Depois só tive o trabalho de traduzir o trecho para o português com o tradutor do Google. O resultado é o que você vê abaixo (fiz algumas pequenas correções entre colchetes): 
3,2. Mulheres na teologia deuteronomista

Para  meu conhecimento [ou: "Pelo que sei"], não existem estudos sistemáticos sobre o papel atribuído as mulheres e a representação das mulheres na teologia Deuteronômio [deuteronomista]. O que as leis do Deuteronômio [dizem] sobre as mulheres? Existe uma representação feminina ideal ou típico[a] [do] deuteronomista [em relação] à personagem feminina? Podemos tentar reunir alguns elementos para responder a esta pergunta.
É, dá um pouco de trabalho, mas você se acostuma. No exemplo acima traduzi apenas um trecho do livro, mas você pode usar o Free OCR para digitalizar uma página inteira. Viva o Google!


Jones F. Mendonça