terça-feira, 25 de dezembro de 2012

UMA PEDRA OU UM PATO?

Paisagem com patos (detalhe),
de Jakab Bogdány
Digo que o objeto é uma pedra. Ele diz que é um pato. Explico que aquela coisa não emite sons, não tem penas, nem bico, nem asas. Não parece um pato. Então o sujeito cita um especialista: - De acordo com o Dr. Eurich Wünder, o maior especialista em patos de todos os tempos, alguns patos podem se parecer com pedras, ainda que nenhum tenha sido encontrado até hoje.

Acha que com tal argumento foi capaz de provar que aquele objeto imóvel, duro e pesando meia tonelada é um pato. De gente assim o mundo está cheio.


Jones F. Mendonça

PARA COMPREENDER OS EVANGELHOS [LIVROS]


Como estou de férias no STBC tenho aproveitado meu tempo para reler e arrumar alguns livros que fui adquirindo ao longo dos anos.  Pensei que seria uma ótima oportunidade para indicar algumas obras que considero essenciais para a compreensão do Antigo Testamento, do Novo Testamento e do cristianismo primitivo. Hoje farei alguns comentários a respeito de duas obras:
JEREMIAS, Joachim. Jerusalém no tempo de Jesus: pesquisa de história econômico-social no período neotestamentário. São Paulo: Paulus, 1983, 518 páginas.


SAULNIER, Christian; ROLLAND, Bernard. A Palestina no tempo de Jesus. São Paulo: Edições Paulinas, 1983, 98 páginas.
O alemão Joachim Jeremias, autor do primeiro livro, escreveu outras duas famosas obras: “As parábolas de Jesus” e “Teologia do Novo Testamento”. Em “Jerusalém no tempo de Jesus”, o autor faz uma minuciosa investigação na tentativa de reconstruir a Jerusalém no primeiro terço do primeiro século. Dentre os vários temas abordados no livro estão: profissões, comércio, movimento de estrangeiros, classes sociais, direitos, etc. Um tema particularmente interessante da obra é o dedicado às classes sociais e ao papel que cada indivíduo desempenhava na sociedade da época: escravos, mulheres, publicanos, anciãos, fariseus, saduceus, sacerdotes, escribas, etc. As informações prestadas ao leitor vêm acompanhadas de fontes documentais antigas e comentários (algumas notas chegam a tomar metade da página). Regras de conduta em relação às mulheres ainda em uso hoje por judeus ortodoxos são mais bem compreendidas quando lemos o conselho dado por Yose ben Yhanan (cerca de 150 a.C.): “Não converse muito com uma mulher [isso vale] no caso da tua mulher e mais ainda em relação à mulher do próximo”(p. 474). 

O segundo livro consiste numa espécie de versão resumida da primeira obra (Joachim Jeremias é inclusive citado). Se por um lado o livro perde para o primeiro na quantidade de documentos apresentados no rodapé, ganha por conter gráficos, mapas, plantas, e assuntos chave que despertarão maior interesse dois leitores que estão em busca de informações mais essenciais. Na página 80 há um quadro contendo sete espécies de fariseus citadas no Talmude (os fariseus faziam chacota de si mesmo). O legalismo e a hipocrisia, comportamentos tão criticados pelo Jesus dos Evangelhos, mostra-se evidente em pelo menos cinco dos sete tipos de fariseus. São eles: “de costa larga” (escrevem suas boas ações nas costas), “vagarosos” (retardam o salário dos empregados em nome de um preceito urgente), “calculadores” (acumulam méritos a fim de pagar pecados cometidos), “econômicos” (buscam acumular méritos com pequenas boas ações), “escrupulosos” (buscam com afinco os pecados ocultos a fim de compensá-los com boas ações), e finalmente os “do amor”, que agem como Abraão.

Tenho as duas obras em papel, mas não é difícil encontrá-las digitalizadas em sites como o 4shared, esnips, calameo, etc. 

Jones F. Mendonça

domingo, 23 de dezembro de 2012

A RELIGIÃO E AS MULHERES

O Irã era uma monarquia autocrática até o final da década de 70. Os EUA e a Inglaterra apoiavam o atual líder do país, o xá Mohammad Reza Pahlevi. Em 79 veio a Revolução iraniana e o país se transformou numa República islâmica comandada pelo Aiatolá Khomeini. O Irã mergulhou nas trevas. As mulheres, como sempre, foram as maiores vítimas do governo autoritário comandado pelos ulemás. Em "Persépolis" Marjane Satrapi, ainda menina quando eclodiu a revolução,  conta sua história. Abaixo uma tirinha:


O problema, com na maioria das vezes, está nos olhos...


Jones F. Mendonça

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

GNOSTICISMO, TEILHARD DE CHARDIN E LITERATURA BRASILEIRA

Os Evangelhos gnósticos, 
de Elaine Pagels

Fala-se aqui e ali a respeito do que teria sido gnosticismo. Para uns, os gnósticos foram ascetas. Para outros, amantes da vida. Para uns eles defendiam a abstenção sexual. Para outros o prazer carnal. Há quem pense que o movimento foi uma heresia cristã. Outros entendem que foi um cristianismo mais autêntico. Geralmente se diz que o dualismo radical é uma de suas características fundamentais. Mas de acordo como Elaine Pagels a corrente gnóstica mais influente, o valentianismo, difere essencialmente do dualismo (dualistas seriam os gnósticicos sethinianos). Ora, não havia apenas um gnosticismo como também não havia (e não há até hoje) um só cristianismo. É preciso analisar os escritos gnósticos com cautela a fim de evitar simplificações. Muito do que foi escrito sobre o gnosticismo veio de seus opositores. A coisa não é tão simples como parece.

Em linhas gerais o movimento gnóstico defendia que o mundo foi criado por um deus menor, maligno, chamado de Demiurgo (artesão, em grego). Daí viria a rejeição pela matéria, obra desse deus mau. Libertar-se do corpo seria a maior meta do gnóstico. Livre desse “corpo de morte”, a alma poderia ascender até Deus e unir-se a Ele. Uma acentuada distinção entre o mundo terreno e o supra-terreno parece ser uma conseqüência óbvia dentro desse movimento. Agora veja só. O livro gnóstico de Tomé (também conhecido como “os ditos de Jesus”) anuncia que Deus não está distante dos homens. O lógion 77 declara que Ele pode estar tanto debaixo de uma pedra como dentro de uma madeira rachada pelo homem. O texto parece refletir a crença numa espécie de panteísmo (Deus e o universo se confundem) ou panenteísmo (o universo está contido em Deus), doutrina aparentemente incompatível com o dualismo maniqueísta que alguns afirmam ser doutrina fundamental para os gnósticos. O autor do livro de Tomé tem crenças muito parecidas com a de Valentino. No gnosticismo de Valentino a criação imperfeita não provém de uma falha moral do Demiurgo, mas de sua inferioridade em relação às entidades superiores. Tal crença permitiu que fosse construída uma visão mais otimista do mundo. Os padres apologistas combateram incansavelmente o gnosticismo e o cristianismo chamado ortodoxo venceu.  Mas com a descoberta dos manuscritos de Nag Hammadi, em 1945 no Egito, o movimento ganhou novo fôlego.  Recentemente acabei descobrindo por acaso que essa descoberta influenciou alguns escritores brasileiros.  

Há alguns dias recebi um pedido de ajuda do Wladimir, doutorando na UFBA e interessado na relação entre o gnosticismo e literatura brasileira (particularmente na obra de Lêdo Ivo). Queria saber se na história do cristianismo houve algum movimento ou personalidade que individualmente tivesse enfatizado a “transcendência na imanência”. Também buscava possíveis relações entre o gnosticismo e a ideia de um Deus indiferente, que não se ocupa da rotina diária dos homens. Expliquei-lhe que não sou especialista no assunto, mas que tentaria ajudá-lo dentro de minhas possibilidades. Respondi o e-mail e citei, dentre outras personalidades ligadas à Igreja, o padre jesuíta Teilhard de Chardin como sendo um interessante caso a ser investigado. Wladimir agradeceu a ajuda e me recomendou, caso o tema fosse do meu interesse, a leitura da tese do professor e poeta Cláudio Willer sobre a influência do gnosticismo na poesia contemporânea.

Aceitei sua sugestão e baixei a referida tese. Caso você também se interesse pelo assunto, tanto no aspecto teológico como literário, acho que valerá a pena dar uma lida.

Para baixar a tese, clique aqui.


Jones F. Mendonça

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO AGORA NUMA BIBLIOTECA DIGITAL

Por ocasião do 65º aniversário da descoberta dos manuscritos do Mar Morto a Autoridade de Antiguidades de Israel e o Google anunciaram na segunda-feira o lançamento de um site que disponibiliza aos estudiosos e a milhões de usuários em todo o mundo detalhes dos manuscritos do Mar Morto invisíveis a olho nu. Com tecnologia desenvolvida pela NASA ele exibe imagens infra-vermelhas em uma resolução de 1215 dpi, em escala 1:1, equivalente em qualidade aos pergaminhos originais.

Para dar uma olhada nos manuscritos, acesse o site The Leon Levy Dead Sea Scrolls Digital Library.  

Abaixo um vídeo de divulgação: 



Jones F. Mendonça

CURSO BÁSICO DE ÁRABE ONLINE [EM ESPANHOL]


Quem se interessa pelo árabe, idioma falado do Marrocos ao Iraque (os iranianos são persas e não árabes), certamente encontrará uma boa ajuda no site almadrasa.org. As lições estão em espanhol e foram preparadas por Muhammad Kanafani

A gramática, em 13 lições, encontra-se disponível aqui

Ouça o som das vogais e consoantes aqui

Baixe o curso em PDF aqui


Jones F. Mendonça

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

PASSEIO VIRTUAL EM JERUSALÉM

Que tal dar um passeio em Jerusalém sem correr o risco de se envolver numa briga entre radicais árabes e judeus? É, será um passeio virtual e você não poderá sentir o cheiro e as texturas dos objetos do lugar ou ouvir o "arranhado" som das consoantes guturais pronunciadas tanto por árabes como por judeus. Fazer o quê? 


Jerusalém vista a partir do Monte das Oliveiras

Jones F. Mendonça

domingo, 16 de dezembro de 2012

PERSÉPOLIS [LIVRO E ANIMAÇÃO]

Irã, 1978. O xá, Mohammad Reza Pahlavi, vinha tentando modernizar o país, mas acabou mergulhando o Irã no caos. Interessados no petróleo, os EUA e a Inglaterra o apoiaram. Enquanto isso, na França, exilado, o líder xiita Aiatolá Khomeini articulava a revolução e queda do xá. Seus pronunciamentos, transmitidos por telefone, eram gravados por seus seguidores e vendidos ao povo iraniano. O exército combatia os opositores do governo com violência. Teerã se transformou numa zona de guerra.

Com câncer e gozando de pouca popularidade, o xá fugiu do país em janeiro de 1979, abrindo espaço para o retorno do Aiatolá, que depôs o primeiro ministro Shapour Bakhtiar e criou uma república islâmica. O governo de Khomeini mostrou-se ainda mais violento que o do xá, apesar de suas promessas de “libertar o Irã da opressão”. Os costumes ocidentais, tais como maquiagem, jogo, cinema e música foram proibidos. Simpatizantes do xá foram perseguidos e executados.

No meio dessa confusão estava a família de Marjane Satrapi, uma menina de apenas dez anos que se viu obrigada a aceitar as rígidas imposições do regime islâmico. Aos 14 ela foi enviada para a Áustria por seus pais, que temiam a crescente violência que assolava o país. Marjani cresceu e escreveu um belíssimo livro em forma que quadrinhos: Persépolis. Nele ela relata suas angústias, aspirações e decepções em um mundo governado por muitos interesses (e ainda há que veja o mundo em preto e branco!).

Meu filho tem 12 anos, quase a mesma idade de Marjane quando irrompeu a revolução islâmica no Irã.  Pensei que seria uma boa leitura para suas férias. Até o momento ele tem se debruçado sobre o livro com muito interesse (mais pelo humor da autora e a qualidade dos desenhos que pelo aspecto político, confesso). Marjane não critica apenas os fanáticos religiosos muçulmanos. Também sobram críticas (algumas vezes bem sutis) para a política de alguns países ocidentais. Ah, mais um detalhe, os diálogos de Marjane com Deus (nem sempre amistosos) são uma barato. Se você tem um filho ou uma filha de doze anos, fica a sugestão.

Caso prefira assistir à animação, eis o vídeo:



Jones F. Mendonça

CTRL C; CTRL V - COPIAR E COLAR

O sujeito quer discutir a interpretação de um texto bíblico proposta por você. Ele sequer lê direito o que você escreveu. Só sabe que discorda da conclusão. Então ele faz o seguinte. Busca no Google um texto que apoie sua opinião e que foi escrito por alguém que ele julga dominar o assunto. Depois ele copia todo o conteúdo e cola no espaço reservado aos comentários do Blog (e nem se dá ao trabalho de citar a fonte). Diz que no grego a palavra em questão é um adjetivo pronominal, nominativo, masculino plural (em suma, encheção de linguiça visando me impressionar). Cita uma série de "estudiosos" que corroboram a interpretação que ele quer dar ao texto. Por fim (essa é clássica), afirma que "as melhores versões em português dizem que...". 

E o sujeito ainda acha que está abafando. 

Novatos...


Jones F. Mendonça

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O PAPIRO DE NASH ESTÁ ONLINE

Acabei de saber pelo Paleojudaica que o papiro de Nash, um pequeno fragmento de papiro contendo o decálogo e o shemá ("Ouve Israel", Dt 6,4) em hebraico (séc. II a.C.), está disponível on line. O documento é o mais antigo texto do Antigo Testamento e foi encontrado em 1902 no Egito. 

Para dar uma boa olhada no papiro visite o site da Biblioteca Digital da Universidade de Cambridge

Veja outros manuscritos hebraicos (como o Pentateuco samaritano - séc XII d.C.) disponíveis na biblioteca digital aqui

Jones F. Mendonça

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

ACHEI O SITE PERDIDO

Depois de uma busca incansável, encontrei o site perdido: The Metropolitam Museum of Art.  Lembrei-me que o site tinha uma linha do tempo, então fiz buscas no Google por "timeline", "artifact" e "archaeology". O tiro foi certeiro. 

Experimente fazer buscas com o recurso "timelines". Depois é só escolher a região, como por exemplo o "oeste da Ásia" e depois o "Mediterrâneo oriental" (para ver artefatos da Siro-Palestina) ou Iraque (para ver artefatos da Mesopotâmia). 

Escolhida a região, faça busca por período. Sensacional. 


Jones F. Mendonça

sábado, 8 de dezembro de 2012

VISÕES DE EZEQUIEL: SOBRE DEUSES, TRONOS E QUERUBINS [PARTE II]

No Salmo 18 Yahweh é apresentado voando montado em um Keruv (palavra geralmente traduzida por querubim, no plural). Na cena, raios e trovões abalam os céus. Das narinas de Yahweh saem fogo. Da sua boca fogo consumidor. Saraiva e brasas incandescentes anunciam o esplendor de sua glória.

Curiosamente pouca gente se pergunta de onde o salmista tirou os elementos dessa descrição, principalmente o trecho que descreve Yahweh voando num querubim.

Como o salmista, o profeta Ezequiel (caps. 1 e 10) também apresenta Yahweh voando sobre querubins (também chamados de grifos ou esfinges). Na mitologia oriental eles têm a função de proteger o recinto sagrado (é possível vê-los em templos assírios, babilônicos, persas, egípcios, etc.).  

Abaixo uma esfinge neo-assíria (chamada de Lamassu – 883-859 a.C.) com cabeça humana, corpo de leão e asas de ave (que também lembram as bizarras figuras presentes no livro de Daniel).

Fonte: The Metropolitam Museum of Art
Abaixo a representação de uma esfinge encontrada em Samaria (séc. VIII/IX a.C.), atualmente no Museu de Jerusalém, Israel. A influência egípcia é evidente:

Fonte: Google Art Project
Na visão de Ezequiel os querubins carregam o trono divino. Num selo sírio do século XIX/XVIII a.C. é possível ver uma cena semelhante. Nele uma divindade aparece sentada sobre um trono sustentado por touros (neste caso, sem asas):

Fonte: The Metropolitam Museum of Art

Não se deu por vencido? Quer a imagem de uma divindade sobre um trono carregado por um animal alado? Tudo bem, que tal esses selos fenícios do período aquemênida (séc. VI a IV a.C.)?

Fonte: site da Universidade de Oxford

Finalizo este post com a tela “A visão de Ezequiel”, de Rafael (perdoem Rafael pelos anjinhos nus rosados, coisa do renascimento). 

Fonte: Web Gallery of Art

Jones F. Mendonça

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

TESOURO PERDIDO, TESOUROS ACHADOS

Na busca por um site perdido usando o buscador do Google (conforme expliquei no post anterior), acabei encontrando Europeana. Muita coisa interessante! A página de exibições fica aqui. Mas talvez você queira ir direto para a página dos tesouros. Então clique aqui

Outro site muito útil é este aqui. Explore! 

Uma galeria de fotos de sítios arqueológicos, aqui

Também veja isto, isto, istoisto e isto

Por fim, dê uma olhada nisto, nisto e nisto

E o que eu queria mesmo não encontrei. Estou inconformado. 

Ah, não deixe de olhar isto


Jones F. Mendonça

UM SITE QUE SE PERDEU [QUE DROGA]

Passei o dia inteiro buscando em "meus favoritos" por um site que disponibiliza artefatos arquelógicos das mais diversas partes do planeta. As buscas podem ser feitas por período e por região. Uma "mão na roda". Andei navegando pelo referido site há alguns meses, mas infelizmente não tive o cuidado de guardar seu endereço.  Parece-se com o Google Art Project e com a Biblioteca Digital Mundial. Enfim: Não o achei. 

Esgotei todos os meus recursos. Não sei mais o que fazer. Alguém por aí pode me ajudar?

Jones F. Mendonça

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

VISÕES DE EZEQUIEL (PARTE I)

Estou em busca representações de tronos. Mas não de tronos comuns. Quero imagens de tronos sustentados por esfinges, grifos, querubins, "seres viventes" ou qualquer outro nome que lhes deem. Aliás, quero mais que imagens. Quero saber onde foram encontradas, quando, por quem, período em que foram confeccionadas e em que museu estão hospedadas. 

Ando fazendo buscas no Museu de Israel (via Google Art Project). Cliquei em "Coleções", "escolha o local", "Oriente Médio" e finalmente "Israel". Pronto, o acervo do museu surgiu em minha tela. A imagem que eu buscava finalmente apareceu:

Gravura em marfim encontrada em Megido, Israel
séc. XIII a.C. 

O Museu Nacional de Beirute ainda não colocou seu acervo no Google Art Project. Uma pena. Farei minhas próximas buscas no Museu Britânico e no Louvre de Paris. Os capítulos 1 e 10 do livro do profeta Ezequiel começam a fazer sentido. 

Jones F. Mendonça